Como criar um plano de sucessão empresarial eficaz e estratégico

Descubra como um plano de sucessão empresarial bem estruturado garante a continuidade dos negócios e minimiza impactos, mesmo em cenários inesperados.

Por Itaú Empresas

7 min minutos de leitura

Um plano de sucessão empresarial bem estruturado é essencial para garantir a continuidade dos negócios e evitar impactos negativos em momentos de transição. Ele envolve identificar talentos internos ou externos, desenvolver líderes e realizar acompanhamentos contínuos. Com um plano eficaz, sua empresa permanece estável e preparada para enfrentar desafios futuros, promovendo seu crescimento e adaptação.

Imagine ter a tranquilidade de saber que sua empresa está preparada para qualquer imprevisto?

Bom, é justamente isso que um plano de sucessão empresarial bem estruturado oferece.

Evitando assim a descontinuidade nas operações, minimizando os riscos e garantindo que a transição de pessoas ocorra de forma estratégica e eficiente. Com isso, o negócio não só mantém sua estabilidade, mas continua crescendo, independentemente dos desafios que surgirem no caminho.

E convenhamos em um cenário empresarial cada vez mais dinâmico e desafiador, o sucesso de uma empresa pode depender de um fator muitas vezes negligenciado: a sua continuidade.

Afinal de contas, ter uma estratégia bem definida é essencial para assegurar que a sua operação continue sempre ativa, mesmo diante de situações inesperadas – como a saída de um sócio.

Vamos entender isso juntos?

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O que é um plano de sucessão empresarial?

O plano de sucessão empresarial, nada mais é do que uma estratégia estruturada para identificar e preparar talentos internos ou familiares para assumirem cargos de liderança dentro da empresa.

Ele desempenha um papel fundamental na continuidade dos negócios, garantindo que a organização funcione sem grandes impactos, mesmo diante da saída planejada ou inesperada de um gestor.

Para se ter uma ideia, apenas em 2024, o Brasil registrou um crescimento expressivo na criação de novos negócios, ultrapassando a marca de10% de aumento em relação ao ano anterior. Segundo um levantamento do Sebrae, baseado nos dados do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) da Receita Federal, o país viu a abertura de 4.158.122 novos empreendimentos, incluindo aqui microempreendedores individuais (MEI), microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP).

Com esse crescimento acelerado no mundo dos negócios, ter um planejamento sucessório bem elaborado torna-se ainda mais essencial para assegurar a longevidade dessas empresas.

E esse processo vai além de apenas selecionar um sucessor; envolve uma preparação detalhada para que essa transição ocorra de forma tranquila, com o objetivo de garantir a continuidade das operações, proteger o patrimônio e manter a competitividade da organização no mercado.

Para empresas familiares, o planejamento sucessório é crucial para prevenir conflitos entre herdeiros e proteger tanto o patrimônio quanto a cultura da organização. No caso de grandes empresas, ele garante que a liderança futura esteja em sintonia com os objetivos e os valores da companhia.

Além disso, o planejamento de sucessão empresarial ajuda a reduzir riscos, evitando rupturas inesperadas que possam comprometer a operação. Ele também contribui para a preservação do valor da empresa, mostrando sua capacidade de se adaptar a novos desafios e oportunidades.

Quais são os modelos de sucessão empresarial?

A sucessão pode ocorrer por meio de duas modalidades: interna ou externa. Ambas possuem suas características, vantagens e desafios, impactando o futuro da empresa de maneiras distintas.

Confira:

Sucessão interna

Na sucessão interna, a organização escolhe promover colaboradores que já fazem parte da equipe, considerando seu desempenho e o seu potencial de liderança. O principal benefício aqui é a continuidade das operações, uma vez que os profissionais promovidos possuem entendimento e envolvimento com a cultura, os processos e os objetivos da empresa, facilitando assim a transição.

Desafios:

  • Optar pela sucessão interna pode, de certa forma, limitar a introdução de novas ideias, pois os líderes promovidos tendem a trazer visões semelhantes às já existentes na empresa.
  • A escolha de um colaborador em detrimento de outros pode gerar descontentamento, especialmente se o processo não for conduzido de forma justa e transparente.

Sucessão externa

A sucessão externa, por outro lado, ocorre quando a organização opta por contratar líderes de fora. Embora não seja o mais usual, essa escolha geralmente ocorre quando há a necessidade de trazer novas perspectivas ou habilidades específicas que não estão disponíveis internamente.

Além disso, quando a organização precisa de transformação rápida, contratar alguém de fora pode ser uma vantagem que vai acelerar a implementação de novas metodologias e práticas.

Desafios:

  • Líderes externos podem enfrentar dificuldades em se ajustar à cultura e aos processos.
  • A contratação externa, especialmente para cargos de alta liderança, pode envolver custos mais elevados, tanto em salários quanto em pacotes de compensação e recrutamento.
  • Funcionários que esperavam ser promovidos podem sentir desmotivação se a empresa optar por contratar externamente, principalmente, se a companhia não tem plano de carreira.

Como criar um bom plano de sucessão empresarial?

Desenvolver um plano de sucessão empresarial realmente estruturado exige a execução de algumas etapas fundamentais para assegurar o crescimento e, principalmente, a continuidade da empresa.

Confira a seguir um passo a passo estratégico:

1. Identificação de posições chaves

O primeiro passo consiste em identificar as posições chaves dentro da organização, como cargos de liderança ou funções técnicas indispensáveis para o funcionamento adequado do seu negócio.

É essencial também mapear as habilidades e competências necessárias para esses cargos, como skills técnicas, capacidade de gestão e conhecimentos específicos. Esse levantamento garante que os futuros líderes estarão realmente preparados para enfrentar os desafios dessas funções.

Vale ressaltar também que para preparar novos líderes é preciso, primeiro, identificá-los. Esse processo não apenas garante a continuidade das operações, mas também fortalece a motivação dos funcionários, que passam a ver oportunidades de crescimento dentro da própria organização.

2. Avaliação e mapeamento de talentos internos

Após identificar as posições-chave, o próximo passo é avaliar os colaboradores que já fazem parte da organização. O objetivo aqui é identificar aqueles com potencial para assumir essas funções.

A análise deve considerar não apenas o desempenho atual, mas também as aspirações de cada colaborador. Além disso, é importante avaliar as soft skills (habilidades interpessoais) e o potencial de liderança desses funcionários, garantindo que estejam aptos a ocupar essas posições.

Mas lembre-se: para que um plano de sucessão seja realmente eficaz, não é suficiente apenas identificar potenciais sucessores e deixar “eles na gaveta”. É fundamental realizar um acompanhamento contínuo de seu desenvolvimento, incluindo aqui avaliações periódicas de desempenho, feedback construtivo e ajustes nas metas de crescimento quando necessário.

Esse monitoramento não só assegura que os colaboradores ou herdeiros adquiram as competências e experiências essenciais para suas futuras funções, mas também permite que a empresa identifique (e corrija) eventuais lacunas no processo de desenvolvimento desses candidatos.

3. Desenvolvimento de programas de capacitação

Com os sucessores potenciais identificados, é hora de investir em programas de desenvolvimento.

Isso pode incluir iniciativas como mentoria, rotação de funções e envolvimento em projetos estratégicos. O desenvolvimento personalizado é uma ferramenta poderosa, permitindo que líderes experientes compartilhem conhecimentos e orientem os futuros sucessores. Também é essencial focar na capacitação técnica para aqueles cargos que exigem habilidades específicas.

4. Acompanhamento progressivo

É importante monitorar de forma contínua o progresso dos colaboradores escolhidos como sucessores. Avaliações periódicas de desempenho, feedbacks construtivos e ajustes no plano de desenvolvimento são essenciais para garantir que estejam adquirindo as competências necessárias.

Ao seguir essas etapas, sua empresa estará mais preparada para o plano de sucessão empresarial de maneira tranquila, garantindo a continuidade e minimizando possíveis impactos negativos.

Por fim, é importante entender que o sucesso de um plano de sucessão empresarial vai além da simples substituição. Ele deve garantir que a empresa esteja pronta para enfrentar os desafios do futuro, enquanto mantém a continuidade dos negócios e promove o crescimento organizacional. Conte conosco para o que precisar. Com o aplicativo do Itaú Empresas é possível realizar pagamentos, fazer um PIX, emitir boletos, consultar extrato, contratar créditos e muito mais!