A experiência do Itaú na agenda ESG com fornecedores

Por Itaú BBA

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O Itaú Unibanco tem um compromisso público, como parte da nova estratégia para práticas ambientais, sociais e de governança (ESG): engajar 100% dos fornecedores com esses temas até 2030. O objetivo visa fortalecer a cadeia de parceiros com práticas socioambientais responsáveis alinhadas aos valores do banco – e, assim, mitigar riscos nos elos mais sensíveis. Esse esforço passa por um objetivo intermediário, de até 2026 ter o questionário ESG respondido por 100% dos fornecedores.

Trata-se de um universo com cerca de 2 mil empresas, de portes variados, com uma ampla gama de setores econômicos, que refletem a diversidade e a complexidade do mercado atual. Sensibilizar um grupo tão variado para os temas ESG representa um desafio e requer um programa intensivo de relacionamento com os parceiros.

“A colaboração que mantemos com os fornecedores é essencial para o desenvolvimento sustentável das operações do banco”, destaca Claudio Arromatte, diretor de Compras do Itaú Unibanco.

A importância das boas práticas ESG na cadeia de valor

Há razões sólidas e variadas para fazer negócios dessa forma. Estamos em meio a uma jornada de evolução da sociedade, com reguladores que exigem práticas transparentes, investidores que valorizam a boa gestão de riscos ambientais, sociais e de governança, e consumidores mais conscientes, que preferem marcas alinhadas a causas sustentáveis.

Assim, empresas que incorporam as práticas ESG aos seus negócios não apenas atendem às demandas do presente, mas se posicionam estrategicamente para o futuro. Isso vale para o Itaú Unibanco – e vale para seus parceiros.

A diligência na gestão de fornecedores não apenas assegura conformidade com normas e regulamentos, mas também impulsiona a transparência e a inovação nessas empresas, fatores que as tornam mais competitivas, beneficiam outros de seus clientes e a sociedade como um todo. Por isso, o Itaú Unibanco usa de forma criteriosa seu poder de compra de mais de R$ 20 bilhões por ano.

Como parte do processo de diligência, o banco solicita aos fornecedores que respondam ao Questionário ESG para conhecer suas práticas ambientais, climáticas, sociais e de governança. Com base nas respostas, definem-se objetivos para fortalecer o compromisso com o tema, ao mesmo tempo que são desenhadas linhas de trabalho mais materiais e alinhadas com a agenda do banco.

A relevância dos temas ESG também é deixada bem clara no contrato padrão e no Código de Relacionamento com Fornecedor. Ambos incluem, entre outros temas, valorização dos direitos humanos e diversidade, ética e transparência, responsabilidade social e desenvolvimento, rastreabilidade e integridade, preservação ambiental e mudanças climáticas.

Um conceito, muitas formas de aplicar

Para ampliar a adesão e a troca de conhecimento, o Itaú Unibanco escolheu uma abordagem com vários formatos. “Disponibilizamos conteúdos, oferecemos ferramentas de letramento, promovemos encontros”, afirma Arromatte. “Essas e outras ações de engajamento funcionam para fortalecer nossa cadeia de fornecimento com práticas socioambientais responsáveis e alinhadas aos nossos valores. Isso mitiga riscos em todos os elos da cadeia."

A fim de incentivar a adoção de boas práticas, em 2023 foi criada uma plataforma de treinamento on-line sobre ESG para os fornecedores. Em 2024 o banco promoveu dois encontros com esses parceiros. Nessas ocasiões foram apresentadas a estratégia ESG e sua geração de impacto positivo na cadeia de suprimentos. Os parceiros que demonstraram maior engajamento nos conteúdos oferecidos receberam reconhecimento público.

Como parte da estratégia de sustentabilidade, foram incluídos critérios ESG na Política de Gestão de Fornecedores e colocados à disposição canais de denúncias para que qualquer irregularidade possa ser reportada de forma segura e confidencial.

Essas iniciativas se somam a práticas já estabelecidas no Itaú Unibanco, como a condução de auditorias periódicas de fornecedores sensíveis sob a ótica de risco social, ambiental, climático e de governança, para avaliar seu desempenho socioambiental e o cumprimento das normas estabelecidas. São considerados sensíveis aqueles que operam em setores expostos a riscos sociais e de governança, e que possam ter algum impacto significativo no meio ambiente ou no clima devido à natureza de suas operações.

Como parte da agenda de Direitos Humanos e do compromisso em apoiar os fornecedores, foi lançado em 2023 o programa Cadeia de Valor Itaú, em parceria com o Pacto Global da ONU e a Mais Diversidade. O programa tem como objetivo auxiliar 150 fornecedores na construção de suas jornadas internas nos temas de Direitos Humanos, Diversidade e Inclusão.

O Itaú Unibanco também se empenha para que o impacto positivo de melhores cadeias de suprimentos se materialize nas operações dos clientes. O banco é signatário de normativo de autorregulação que fomenta de combate ao desmatamento na nossa carteira de frigoríficos localizados na Amazônia. Frigoríficos que atuam na Amazônia Legal e Maranhão precisam se comprometer a implementar sistemas de rastreabilidade e monitoramento, que permitam demonstrar, até dezembro de 2025, a não aquisição de gado associado ao desmatamento ilegal de fornecedores diretos e indiretos nível 1, além de um plano de ação que demonstre como irão atingir o compromisso.

Cada uma dessas frentes de trabalho se baseia numa ideia fundamental: o Itaú Unibanco atua em um ecossistema que funciona e evolui melhor quando as partes trabalham juntas para construir resiliência no longo prazo, criar as bases para crescimento sustentável e exercer impacto positivo na sociedade.