ABC do ESG - Como segurar uma crise global
Por Itaú BBA
Diante das mudanças climáticas, vários setores precisam mudar. As seguradoras perceberam isso – e, para se adaptar, avaliam algumas novas práticas e conceitos. Conheça:
Deserto de seguros - o Fórum Econômico Mundial lançou a expressão “desertos de seguros” para classificar áreas onde certos riscos se descolam completamente dos padrões históricos. Isso torna muito difícil ou impossível o trabalho das seguradoras. O principal exemplo são os incêndios na Califórnia e seu efeito sobre o seguro residencial.
Modelo de catástrofe - seguradoras precisam de modelos matemáticos para calcular a probabilidade de desastres naturais e projetar seus efeitos. Já existem gerações de modelos de catástrofe para furacões nos EUA e terremotos no México, mas não para tempestades tropicais no Brasil, que podem se tornar mais comuns.
Pagamento ex ante - em algumas situações de risco climático, a seguradora pode se adiantar e minimizar o prejuízo potencial para o cliente – por exemplo, com pagamentos antecipados (ex ante) a famílias prestes a enfrentar tempestades tropicais. A primeira experiência da categoria foi lançada nas Ilhas Fiji em 2023.
Subscrição sustentável - subscrição é a análise e avaliação, feita por uma seguradora, dos riscos pertinentes em determinada apólice. As mudanças climáticas tornam o trabalho mais complexo. Ao incluir mais indicadores de sustentabilidade em suas análises, as seguradoras tornam a cobertura mais adequada e levam os clientes a adotar práticas corretas.
Seguro paramétrico - a crise climática nem sempre se manifesta como uma catástrofe facilmente identificável. Seus efeitos podem ser progressivos, como ventos e chuvas mais intensos a cada ano. Seguros paramétricos (também chamados seguros baseados em índices) preveem pagamento conforme certos parâmetros se cumpram e indiquem agravamento de uma situação.