Cenário Macro Mensal: Agosto 2023

O comércio global de bens comercializáveis está apresentando desaceleração, com preços baixos no mundo inteiro e ajudando os bancos centrais na dinâmica de desinflação.

Nos Estados Unidos, o mercado de trabalho está apertado, com o setor de serviços muito aquecido e resiliente em uma economia que apresenta desinflação muito aquém do esperado dado o nível de aperto monetário que o Fed vem implementando. Uma recessão que o mercado temia é mais improvável à luz dos dados de hoje e a inflação segue persistente principalmente em serviços. Porém, já vemos avanços, com este grupo (serviços) rodando em patamares mais próximos do histórico americano.

O Banco Central japonês sinalizou o início de uma flexibilização da política monetária, que vinha sendo mais rigorosa há muito tempo.

Apesar do pacote de estímulos anunciado pelo governo chinês para reaquecimento da economia, as empresas e famílias seguem temerosas e desconfiadas, consumindo e investindo menos do que o esperado. Em resumo, novos estímulos parecem ter menos efetividade.

No Brasil, foi dada a partida para o ciclo de flexibilização monetária. Na semana passada tivemos o início deste ciclo com o primeiro corte de juros em 0,50% (levando a taxa Selic para 13,25% ao ano).

Apesar do Banco Central ter sinalizado que a magnitude dos próximos cortes seguirá no mesmo passo, acreditamos que se a inflação surpreender para baixo, existe a possibilidade de aumentar o ritmo de flexibilização.

A criação do arcabouço fiscal tira um pouco das incertezas que tínhamos no radar, mas a questão fiscal ainda é um ponto importante a se analisar dado que dependemos do aumento do nível de receita.

Confira nossas projeções atualizadas aqui.

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