Cenário Macro Mensal: Fevereiro 2023
Confira os principais destaques da nossa atualização mensal sobre o cenário econômico na visão do time de economia da Itaú Asset, liderado por Thomas Wu como economista-chefe.
Por Itaú Asset
Ao longo do último mês, o risco de recessão global, o comportamento da inflação e as perspectivas sobre a política monetária dos bancos centrais ao redor do mundo foram temas centrais no debate econômico.
Abaixo, você confere mais detalhes sobre os destaques do nosso bate-papo mensal com nosso economista-chefe, Thomas Wu sobre o cenário internacional e local.
Cenário internacional
No cenário internacional, a inflação persistente, o posicionamento mais hawkish dos Bancos Centrais ao redor do mundo com o aumento das taxas de juros e a reabertura da China foram os destaques.
Nos Estados Unidos, dados de janeiro sobre o mercado de trabalho mostraram uma economia ainda aquecida, o que reforça as expectativas de uma postura ainda forte da autoridade monetária americana, com o momento de pausa no ciclo de alta de juros dependente dos próximos dados.
Na Europa, mesmo com a oferta de gás natural reduzida, com o final do inverno chegando, há redução das incertezas.
No oriente, a reabertura da China fortalece o otimismo para a recuperação da atividade no país. Já no Japão, vemos uma inflação acima do usual, o que leve a acreditar que um aumento de taxa de juros deve estar no horizonte.
Cenário local
No contexto local, ainda que alto, as últimas divulgações do IPCA (inflação ao consumidor) mostraram um quadro geral mais benigno, com preços de bens industriais em clara tendência de queda e serviços apresentando início de arrefecimento.
No início de fevereiro, o Copom anunciou a manutenção da taxa Selic em 13,75% ao ano. Apesar da decisão ter vindo em linha com o esperado, a comunicação do Copom foi mais “Hawk”, sinalizando que os juros podem ficar parados por mais tempo em relação ao indicado no Focus. Corroboram essa visão fato de o BCB ter se mostrado mais preocupado com a piora das expectativas de inflação para prazos mais longo e seu tom mais duro com relação ao risco fiscal.
Tendo em vista a sinalização do Copom e o cenário de inflação, em um ambiente de elevada incerteza e riscos em relação a política fiscal, vemos como mais provável a manutenção da Selic em 13,75% por pelo menos até o quarto trimestre de 2023.
Confira as projeções atualizadas da nossa equipe econômica aqui.
Assista à live completa abaixo que dessa vez também contou com a participação do nosso gestor Pablo Salgado, da equipe Itaú Optimus!