Cenário Macro Mensal: Outubro 2023
Confira os principais destaques da nossa atualização mensal sobre o cenário econômico na visão do time de economia da Itaú Asset, liderado por Thomas Wu como economista-chefe. Neste mês, contamos com a participação especial de Fayga Delbem, Head de Crédito da Itaú Asset, além da moderação de Malu Morad, do time de Comunicação do Itaú.
Por Itaú Asset
Cenário internacional
Taxas de Juros nos EUA: O grande tema do mês de setembro foi a manutenção da taxa de juros do país na faixa dos 5,25% a 5,50% ao ano pelo Federal Reserve (Fed, Banco Central americano). Esse é o maior patamar dos juros americanos em 22 anos.
Nessa decisão de setembro, tivemos a divulgação do relatório trimestral com projeções do Fed para os principais indicadores macroeconômicos. As revisões apresentadas apontam para uma atividade econômica (PIB) para cima, desemprego para baixo, inflação PCE controlada e menor número de cortes de juros para 2024 e 2025 com juros ainda em região restritiva em 2026. O cenário observado pelo Fed parece ser de um “soft landing”, com a inflação caminhando para a meta sem colapso de atividade econômica, o que levou a pressão na curva de juros e impactos na renda variável em um cenário prospectivo com manutenção de patamares elevados de taxa básica por mais tempo.
Crédito e Dívida: Empresas nos EUA com dívidas em vencimento estão enfrentando um cenário de refinanciamento em um ambiente de taxas de juros mais elevadas, o que pode afetar sua liquidez e capacidade de investimento.
Impacto Global: A elevação das taxas de juros nos EUA impacta o cenário global, trazendo implicações especialmente para os mercados emergentes, que podem ter maior dificuldade em cortar juros de forma acelerada considerando efeitos de alocações de investimento global quando ponderado o balanço entre retorno e risco potencial dos investimentos em geral em um ambiente com os Estados Unidos pagando mais juros.
Cenário local
Taxa básica de juros: No Brasil, o rumo da taxa Selic, taxa básica de juros do país, também é um ponto de discussão. Tendo em vista a sinalização do Copom e o cenário de inflação, vemos como mais provável um novo corte de -0,50% na próxima reunião.
Investimentos: A discussão também abrange estratégias de investimento em um ambiente de taxas de juros em mudança, tanto nos EUA quanto no Brasil. A mudança nas taxas de juros pode afetar a atratividade relativa de diferentes tipos de investimentos, incluindo ações, títulos e outros instrumentos financeiros.
Oportunidades de Crédito no Brasil: Apesar dos desafios globais, há oportunidades de crédito no Brasil, com produtos focados em investir em empresas brasileiras, aptos a capturar boa remuneração e prêmios de risco com carteiras diversificadas
Assista à live completa abaixo.