Cenário Macro Mensal: Setembro 2022
Confira os principais destaques da nossa atualização mensal sobre o cenário econômico na visão do time de economia da Itaú Asset, liderado por Thomas Wu como economista-chefe.
Por Itaú Asset
Ao longo do último mês, o comportamento da inflação no cenário global, a perspectiva de bancos centrais mais hawks (inclinados a elevação de juros) e a desaceleração das economias ao redor do mundo continuaram no centro do debate econômico.
Abaixo, você confere mais detalhes sobre os destaques do nosso bate-papo mensal relacionados ao cenário internacional e local.
Cenário internacional
No cenário internacional, o mês de agosto foi marcado por uma inflação menos benigna do que o projetado para a maioria dos países, com desafios pelo lado de serviços. Bens industriais mostram melhora, na esteira de uma regularização das cadeias produtivas globais.
Nos Estados Unidos, apesar de um início de desaceleração, ainda podemos observar o aquecimento da economia e uma divulgação de dado sobre inflação ao consumidor para agosto vindo além das estimativas do mercado.
Na Europa, problemas relacionados à oferta de gás natural contribui para a acentuação do processo inflacionário, assim como para a redução do crescimento na região, também impactado pelo último aperto monetário realizado pelo Banco Central europeu – que foi o maior dos últimos tempos.
Do lado da China, as perspectivas de crescimento para o ano têm sido revisadas para baixo. Neste contexto, a política de covid-zero continua trazendo incertezas e gerando desafios para o governo chinês.
Cenário local
No cenário local, pudemos observar uma dinâmica benigna para a inflação no curto prazo, com a divulgação de deflação no IPCA do mês de agosto.
Parte desse movimento ocorreu em decorrência da queda no preço de itens mais voláteis e destaque para preços administrados que tiveram influência de cortes de impostos como gasolina e eletricidade.
Seguiremos monitorando de perto a tendência dos principais núcleos, como Serviços, que mostra um início de melhora, mesmo que em nível elevado, e acaba sendo o principal foco para as discussões recentes sobre política monetária.
A estrela da semana será a divulgação da nova taxa básica de juros (Selic) definida pelo Banco Central do Brasil (BCB) em seu comitê de política monetária (Copom) que ocorrerá nos dias 20 e 21 de setembro. Todos aguardam esta decisão em que o mais provável parece ser um cenário em que o Banco Central irá encerrar o ciclo em 13,75% mas, por outro lado, em suas últimas comunicações a autoridade monetária não fechou a porta para um possível ajuste residual.
Confira as projeções atualizadas da nossa equipe econômica aqui.
Assista à live completa abaixo!