Pílula de ETFs: Além das fronteiras, com investimentos internacionais
Na pílula dessa semana falamos sobre a importância da diversificação e como investimentos internacionais auxiliam nessa tarefa
Por Renato Eid
Quando falamos de investimentos, uma das principais frases que aparece é a famosa “não coloque todos os ovos na mesma cesta”. Ela traduz de forma bem simples e objetiva a importância de termos investimentos diversificados. Mas afinal o que é e como diversificar?
Por vezes, é muito comum pensarmos apenas em diversificar a carteira entre classes de ativos, como Renda Fixa, Renda Variável, Fundos Imobiliários, Crédito etc. Mas existe outros fatores a serem observados.
Um primeiro passo nessa jornada é entender a diversificação entre classes de ativos mesmo dentro de cada uma. Por exemplo, mesmo de dentro da Renda Fixa, temos possibilidades importantes de diversificação: o ETF B5P211 tem um perfil de risco baixo, composto por Tesouro IPCA + com vencimento até 5 anos. Isso faz com que ele consiga proteger seu dinheiro da inflação, tendendo a apresentar uma baixa volatilidade quando, por exemplo, comparado com o ETF IB5M11, esse composto também por Tesouro IPCA+ mas com vencimento superior a 5 anos.
Da mesma forma, podemos pensar nessa diversificação em Renda Variável. Investindo no ETF SMAC11, composto pelas empresas chamadas Small Caps, que tendem a apresentar um maior potencial de crescimento – acompanhadas de maior volatilidade, e no ETF DIVD11, que por ter as melhores pagadoras de dividendos da B3, tem um perfil de menor volatilidade.
Pois bem, o que falta nessa construção?
Falta pensar em estratégias e investimentos que sejam descorrelacionados da economia local, que ofereçam exposição a teses de investimentos diferentes daquelas existentes nos ativos brasileiros e/ou ainda tendências que sejam verificadas em outras geografias.
O Brasil representa 0,54% do mercado investível de ações globais, segundo o ACWI. Concentrar os investimentos localmente diminui o potencial de acessar muitas oportunidades disponíveis no mercado. Só ao adicionar o mercado americano, o investidor já passa a explorar mais de 63% do mercado global. ETFs listados no Brasil como o SPXI11 que segue o S&P500 e investe nas maiores ações listadas na bolsa americana pode ajudar o investidor nesse desafio.
Também é verdade que existem oportunidades setoriais em outros mercados. Enquanto menos de 1% do Ibovespa investe no setor de tecnologia, no S&P500 esse mesmo setor tem 32% de relevância. ETFs como o TECK11 oferece 100% de acesso a esse setor ao investir em 10 grandes empresas de tecnologia como Apple, Google e Nvidia.Portfólio diversificado local e globalmente: Performance (base 100) e Volatilidade Anualizada
Além de diversificar riscos e permitir aplicar em mercados que não existem no Brasil, investir no exterior pode aumentar os retornos dos investidores e diminuir o risco, tornando seus investimentos mais resilientes aos diversos cenários e ciclos econômicos, conforme pode ser observado no gráfico acima. Os ETFs auxiliam o investidor a sofisticar sua carteira com a simplicidade de investir pela bolsa local.
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