Perspectivas 2025: destaques do painel “Crédito: oportunidades frente ao ciclo de alta de juros”
Confira um resumo do painel “Crédito: oportunidades frente ao ciclo de alta de juros” que aconteceu no evento Perspectivas 2025 e contou com a participação de Fayga Delbem, head de Crédito Core da Itaú Asset, e Felipe Wright, gestor de Crédito Estruturado Itaú Asset, e moderação de Leticia Biller, head Distribuição Varejo Itaú Asset.
Por Itaú Asset

O painel “Crédito: oportunidades frente ao ciclo de alta de juros” contou com a participação de Fayga Delbem, head de Crédito Core da Itaú Asset, e Felipe Wright, gestor de Crédito Estruturado Itaú Asset, sendo moderado por Leticia Biller, head Distribuição Varejo Itaú Asset.
Confira, a seguir, os destaques do painel.
2024: o ano do crédito privado e perspectivas para o próximo ano
- O ano de 2024 foi marcado por alta demanda no setor de crédito privado fruto de uma combinação entre taxa Selic elevada, spreads atrativos e busca por ativos menos voláteis. A classe registrou uma captação que superou R$ 300 bilhões.
- Para Fayga Delbem, 2025 voltará o foco para explorar a dispersão de spreads, com a potencial venda de posições e alocação em empresas subvalorizadas. Segundo Fayga, juros altos e maior volatilidade reforçam a necessidade de selecionar empresas com margens robustas e liquidez adequada.
- O mercado passa de uma valorização generalizada dos spreads para estratégias seletivas que exigem maior sofisticação nas análises de crédito. Como instrumento inovador para o próximo ano, derivativos de crédito no mercado local despontam como alternativa para gestores enfrentarem os desafios de 2025.
Debêntures Incentivadas: evolução e atratividade
- Felipe Wright chamou atenção para as alterações regulatórias nas emissões de LCIs e LCAs em 2024, que favoreceram debêntures incentivadas com benefícios fiscais e maior flexibilidade para emissores.
- Apesar da queda nos spreads médios de 1% para 0,40%-0,50%, alocações em IPCA+7,5% a 8% seguem competitivas, especialmente para investidores isentos de impostos.
- As emissões da classe mais que dobraram em 2024, com expansão significativa de setores elegíveis, especialmente em infraestrutura.
- É importante salientar que esses ativos atrelados à inflação, apresentam riscos de oscilação na curva de juros reais, exigindo maior atenção dos gestores.
- Fundos híbridos que combinam crédito local e internacional, com hedge cambial, emergem como alternativas estratégicas em 2025.
Crédito estruturado: setores em destaque em 2024
- No agronegócio, usinas de açúcar e etanol prosperaram em 2024 com preços elevados, enquanto soja e milho enfrentaram desafios climáticos e pressões de preço.
- No setor de logística, a demanda por galpões logísticos permanece alta, com vacância em mínimas históricas impulsionada pelo e-commerce.
- O segmento de alta renda segue resiliente, sendo menos impactado por juros altos e mantendo boa performance, especialmente em São Paulo. Por outro lado, o aumento dos custos de financiamento e redução no saldo da poupança afetam o setor de média renda com mais pressão.
- Felipe destaca operações estruturadas em infraestrutura, com garantias robustas e covenants rigorosos como pilares da gestão ativa.
Tendências e oportunidades para 2025
- Agronegócio: Vimos safras desafiadoras em 2024 devido ao clima e preços baixos para soja e milho, mas com perspectiva de recuperação em 2025. Os setores da pecuária e do açúcar mantêm margens positivas, reforçando a necessidade de diversificação no portfólio.
- Infraestrutura: Alta nas emissões de debêntures incentivadas reflete maior maturidade no setor, com oportunidades para projetos de longo prazo.
- Imobiliário: Demanda robusta por galpões e lajes corporativas aponta para recuperação gradual, enquanto shoppings seguem resilientes.
- Saúde: Hospitais enfrentam desafios de fluxo de caixa devido a atrasos nos repasses de seguradoras, reduzindo a previsibilidade histórica do setor.
Oportunidades em crédito
- Fayga reforçou que o crédito privado é uma classe de ativos perene, que conquistou espaço definitivo nos portfólios, oferecendo baixa correlação com outras classes de ativos.
- Segundo Felipe, a escolha de gestores capacitados será crucial para navegar o cenário mais desafiador de 2025.
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Confira a gravação completa do painel abaixo.