Pílula de ETFs: Come-cotas - uma mordida do leão

Como o come-cotas impacta seus investimentos?

Por Leonardo Vasques

4 minutos de leitura

Poucos investidores percebem; mas em maio, além do fim do prazo de declaração do imposto de renda, há também a cobrança do come-cotas sobre os fundos de investimento, com exceção dos isentos e de ações. O come-cotas é uma antecipação de imposto de renda cobrada semestralmente sobre os fundos de investimento, com alíquotas de 15% a 20%, dependendo do tipo de fundo (longo prazo ou curto prazo).

O come-cotas não afeta a rentabilidade dos fundos, mas sim o retorno do investidor, dado que é cobrado através da redução da quantidade de cotas detidas. Por isso, muitos não percebem a cobrança ou o impacto dela no longo prazo.

Há como escapar do come-cotas na renda fixa?

Existem alguns investimentos de renda fixa que não tem incidência de come-cotas, como PGBLs/VGBLs, a compra de títulos diretamente e os ETFs de Renda Fixa, mas a maioria desses dependem de vários anos de investimento para se atingir uma alíquota de 15%.

Os ETFs de renda fixa (IMAB11, B5P211, IB5M11, IRFM11, IDKA11 e GOAT11), por sua vez, partem da alíquota fixa de 15% independente do prazo de investimento e alíquota zero de IOF. E sem necessidade de recolhimento de DARF.

E o impacto disso no longo prazo? Considerando a mesma estratégia, o índice IMA-B, e uma mesma taxa de administração, no longo prazo investir num ETF ao invés de um fundo pode render cerca de 5 reais para cada 4 reais do fundo (25% a mais!). O gráfico abaixo mostra essa simulação, e como esse impacto aumenta quanto maior o prazo do investimento.

Comparativo de performance acumulada – IMA-B (com e sem come-cotas)

Fonte: Bloomberg & Itaú Asset.
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