Pílula de ETFs: ETFs de Renda Fixa e a curva de juros.
Você sabe como os ETFs de Renda Fixa se comportam aos movimentos da Curva de Juros?
Por Valdivio Sousa Netto
Ao comprar títulos Tesouro prefixados, como uma LTN ou NTN-F, o preço desses títulos altera diariamente com base na taxa diária além dos efeitos da marcação a mercado de acordo com os movimentos da taxa de juros daquele papel. O famoso: A renda fixa não é fixa.
Como acontece com um ETF de Renda Fixa?
A lógica é a mesma, porém os ETFs de renda fixa prefixados, como o IRFM11 ou IDKA11 investem em uma cesta de papéis com diferentes vencimentos, ou seja, oferecem maior diversificação ao longo de toda a curva de juros. Além disso, o ETF renova a carteira de títulos e mesmo com os títulos chegando ao vencimento outros vão sendo adicionados.
Conforme o primeiro gráfico abaixo, é possível notar os movimentos da curva em diferentes vencimentos esse ano: alguns vencimentos tiveram performances bem diferentes do que outros. Com ETFs o investidor está diversificado para capturar parte de todos os movimentos, sendo mais simples do que ter uma opinião sobre um vencimento específico.
Evolução da Curva de Juros Prefixada & Retorno dos ETFs de Renda Fixa

Nesse ano, por exemplo, como a curva de juros teve uma queda na precificação, os ETFs de Renda Fixa prefixados acumularam uma performance maior do que o CDI.
E qual a diferença entre os ETFs? O IDKA11 busca uma duration (prazo médio) constante em cerca de 3 anos, já o IRFM11 investe em todos os títulos prefixados e seu perfil de risco varia conforme a distribuição da dívida do governo. Na prática, o IRFM11 tem registrado um histórico de duration próximo de 2 anos.
Ou seja, o comportamento dos dois ETFs, como é possível ver no gráfico é bem similar, porém o IDKA11 oferece maior sensibilidade a movimentos da curva de juros e a escolha depende do apetite do investidor.
Para investir, procure os ETFs na sua Corretora. Para mais informações, acesse www.itnow.com.br