Pílula de ETFs: Expandindo horizontes e multiplicando oportunidades
Você sabe como a diversificação, principalmente em ativos exteriores, te ajudam a ter um portfólio mais eficiente e resiliente em diversos ciclos econômicos?
Por Renato Eid
Estamos chegando ao final de 2024, mais um ano marcado por tensões geopolíticas, mudanças climáticas, regionalização e fragmentação econômica. Esse novo cenário global exige portfólios de investimentos diversificados, resilientes, líquidos e eficientes tanto em termos tributários quanto de custo. A recente redução das taxas de juros pelo Federal Reserve, junto com novos estímulos econômicos na China, impulsionou os mercados internacionais. Nesse contexto, a diversificação se reafirma como uma estratégia essencial, seja em termos de classes de ativos ou de geografias.
Ao observarmos o mercado internacional, destacam-se investimentos como o SPXI11, ETF que acompanha o S&P 500, com uma performance superior a 50% no ano; e o BITI11, ETF de Bitcoin, que no ano acumula alta de superior a 150%. Ambos se beneficiam do ambiente de política monetária global mais favorável, com cortes nas taxas de juros por diversos bancos centrais.
Qual a importância da diversificação internacional nos investimentos?
Além de diversificar riscos e permitir aplicar em mercados que não existem no Brasil, investir no exterior, na prática, pode aumentar os retornos além de diversificar a composição do seu portfólio. Os investimentos com estratégias globais é uma forma inteligente e necessária de posicionar sua carteira de forma adequada a navegar pelos tempos voláteis que temos atravessado. A diversificação internacional é benéfica para investidores com os mais variados horizontes de investimento.
Veja por exemplo a correlação dos últimos 5 anos entre o ETF BOVV11 (Ibovespa) e o ETF IMAB11 (inflação) versus o ETF SPXI11 (S&P500) – o fato de a correlação ser, em grande parte do tempo, negativa entre esses ativos; faz com que estejamos de fato diversificando nossos investimentos. Permitindo que o nosso portfólio seja mais resiliente ao longo de diferentes cenários e ciclos econômicos
Correlação ativos locais vs S&P500 com variação cambial:

Fica claro que a diversificação internacional é benéfica para os investidores à medida que produz uma melhor relação risco x retorno, comparativamente à exposição em um único país. Essa exposição a mercados cujos fatores determinantes de preços podem diferir dos fatores intrínsecos do mercado brasileiro é o ponto fundamental dessa diversificação pois gera acesso a setores econômicos não representativos no mercado local, traz ativos que tem correlação negativa com os chamados ativos locais e nos permite assim ter uma visão ampla sobre investimentos.
Mas como podemos verificar isso na prática?
A composição de portfolios é fundamental nesse processo, pois nos permite um olhar transversal em nossos investimentos ao invés de ficar olhando o que está indo bem e o que não está funcionando de forma isolada.
Por exemplo, veja o resultado de um portfólio composto por Renda Fixa Pós Fixado 50% e por ETFs com foco apenas no mercado local – Inflação (B5P211 15% / IB5M11 +10%), Bolsa Local (BOVV11 +5%, SMAC11 +5%, DIVO11 +15%).
Portfólio diversificado localmente

Mas note as diversas melhorias ao adicionarmos nesse portfolio o SPXI11 5% (Ações americanas), Treasury de 10 anos 6% e High Yield 5% (Renda Fixa Americana) além de BITI11 2% (Ativos Digitais). Estamos falando assim de adicionar 18% de exposição internacional ao portfólio anterior
Portfólio diversificado local e internacionalmente:

Vale notar que temos melhoria nas diversas métricas de risco e retorno, tornando o portfólio com a parcela internacional mais resiliente ao longo do tempo – note como a sua linha de evolução da performance é menos errática, mostrando na prática que você tem uma redução da volatilidade global ao mesmo tempo que consegue agregar valor.
Desenhar de forma acertada seus objetivos de investimentos e se manter fiel a eles pode te ajudar a poupar muito dinheiro, uma vez que te poupará de tomar decisões no calor da emoção. Em um cenário global de incertezas, estar bem-informado e diversificado é a melhor maneira de se preparar para o futuro.
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