Pílula de ETFs: Queda na bolsa americana. E agora?

Devido aos recentes movimentos no cenário macroeconômico, abril se inicia com uma grande queda da bolsa americana, o que esperar?

Por Leonardo Vasques

6 minutos de leitura

Nos primeiros dias de abril, o S&P500 caiu mais de 10%, apresentando 2 das 10 piores performances diárias do desde o início de 2010. Muitos investidores resgataram suas posições ou estão pensam em fazê-lo. Mas essa é a melhor hora pra vender?

A diversificação internacional visa diminuir a volatilidade do portfólio, ao incluir ativos menos correlacionados, melhorando a relação risco x retorno. E o S&P500 é o índice mais utilizado por investidores locais para diversificar seus portfólios. Desde o início de 2010, o índice S&P500 acumula cerca de 354% de alta (em pontos, sem considerar a variação cambial). Estes anos de alta quase ininterrupta fizeram com que a participação do mercado americano em índices globais crescesse para quase 2/3.

Mas qual seria a performance excluindo os 10 dias de maiores altas?

O gráfico abaixo mostra a rentabilidade acumulada do índice até dia 7 de abril e a performance de um investidor que tenha perdido os 10 melhores dias. Apesar de serem apenas 10 em quase 4 mil pregões, estar fora nesses dias faria com que a variação acumulada do investimento fosse menos da metade (147% x 354%).

Performance acumulada do S&P500: com e sem as 10 maiores altas

Fonte: Bloomberg & Itaú Asset. Dados 04 de abril de 2025

Historicamente, as maiores altas ocorrem próximas as maiores quedas. Por isso, é necessário calma ao rever a diversificação internacional da carteira e manter sempre o longo prazo em vista, para evitar prejuízos em consequência de um mau market timming. O que se pode ver é que, frequentemente, quem sai do mercado após uma grande perda muitas vezes perde os dias de maiores altas.

Como o investidor local pode investir em S&P500?

Há mais de dez anos existem fundos e ETFs, como o SPXI11, que permitem ao investidor local investir no S&P500 sem a necessidade de uma conta offshore. Para aqueles que preferem a exposição sem a volatilidade do câmbio, há na B3 o SPXR11, único ETF local sem variação cambial que oferece exposição ao S&P500.

Ambos negociam como ações, com formadores de mercado e custos de transação normalmente inferiores ao do envio de recursos para o exterior, além de contatem com taxas de administração de 0,21% e 0,25%, respectivamente.

S&P500 - Retornos diários (sem variação cambial).

Fonte: Bloomberg & Itaú Asset. Dados 04 de abril de 2025
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