Pílula de ETFs: O Segredo para maximizar retornos em Criptomoedas

A adoção de criptoativos tem crescido globalmente. Como os investidores podem aproveitar esse movimento e maximizar seus lucros?

Por Renato Eid

6 minutos de leitura

Tanto para criptomoedas quanto para ações, permanecer investido a longo prazo normalmente gera retornos melhores do que tentar prever o momento do mercado. Embora a alta volatilidade das criptomoedas possa apresentar pontos de entrada tentadores, os dados sugerem que essas oportunidades não necessariamente levam a retornos superiores.

No final, não importa se você está investindo em Bitcoin ou em ações de primeira linha, o princípio permanece: o tempo no mercado é o que gera riqueza, não o timing de mercado.

Ao investir uma quantia fixa regularmente (DCA – Dolar Cost Average), você suaviza a volatilidade do mercado e evita as armadilhas emocionais de tentar comprar a cada queda. Mas como isso se traduz no mundo selvagem das criptomoedas? Dado que há quedas mais repentinas no mercado, a estratégia de comprar na queda e vender no pico pode superar uma estratégia de investimento mais consistente?

Criptomoedas, particularmente Bitcoin, experimentam quedas de preço mais frequentes e acentuadas em comparação com ações ou títulos tradicionais. Desde 2013, o Bitcoin viu 12 casos em que seu preço caiu mais de 20% de um pico. Em comparação, o Índice S&P 500 experimentou tais declínios menos da metade da frequência. Notavelmente, o tempo médio do Bitcoin do pico ao vale é de apenas 16,6 dias, enquanto para o S&P 500, leva mais de 180 dias para registrar uma queda semelhante. Essas quedas repentinas e grandes levam os investidores a ponderar se eles deveriam apenas comprar sempre que houver uma queda no preço da criptomoeda.

Para avaliar a eficácia do timing do mercado, assumimos que um investidor compra Bitcoin precisamente no ponto mais baixo de cada queda de 20%. Embora prever o ponto mais baixo exato em tempo real seja quase impossível, este exercício serve como um benchmark ilustrativo. Em seguida, rastreamos os retornos para períodos de retenção que variam de 12 a 36 meses e os comparamos a uma estratégia de média de custo em dólar (DCA) em que US$ 1.000 são investidos em incrementos mensais iguais desde 2014.

A mesma análise foi conduzida para quedas de 14%, 20% e 30%.

Comparação entre investimentos regulares (DCA) vs Investir nas quedas:

Fonte: Galaxy Asset

Historicamente, para o Bitcoin, manter o ativo por 17 meses ou mais frequentemente superou os retornos da compra após uma grande queda em média. Isso sugere que o “tempo no mercado” — permanecer consistentemente investido — é mais relevante do que apontar o ponto de entrada perfeito.

A estratégia DCA (Dolar Cost Average) entregou retornos 2,03x maiores do que a estratégia de timing de mercado perfeito. Esse resultado permanece consistente em diferentes períodos, incluindo períodos mais curtos de 2017 até o presente. Esse período foi escolhido para focar no período em que o acesso às criptomoedas ficou mais fácil para a maioria dos investidores. O resultado não varia muito da análise de longo prazo, com a estratégia DCA entregando retornos 1,46x maiores.

Retorno hipotético entre : Comparação entre investimentos regulares (DCA) vs Investir nas quedas:

Fonte: Galaxy Asset

Em resumo, tanto para mercados tradicionais quanto para criptomoedas, manter-se investido a longo prazo geralmente oferece retornos mais robustos e reduz os riscos associados às tentativas de "acertar o momento do mercado". No Brasil, você pode investir em Bitcoin, como se fosse uma ação, com o BITI11.

Para investir, procure os ETFs em sua Corretora. Para mais informações, acesse www.itnow.com.br