Acordo sobre teto da dívida se aproxima nos Estados Unidos

No Radar do Mercado: Nos EUA, um acordo preliminar sobre o teto da dívida foi alcançado no fim de semana. No Brasil, os analistas de mercado revisaram as projeções de inflação para baixo e de PIB para cima para 2023, segundo relatório Focus

Por Itaú Private Bank

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Créditos: Getty Images

Após longo período de negociação, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o líder da Câmara, Kevin McCarthy, chegaram a um acordo preliminar sobre o teto da dívida americana, reduzindo os receios acerca de um possível calote.

Dentre os destaques, o acordo prevê a suspensão do limite da dívida até 1º de janeiro de 2025, após a próxima eleição presidencial, ponto crucial para os democratas durante as negociações. Além disso, a proposta limitará os gastos nos orçamentos de 2024 e 2025, recuperará fundos não utilizados da Covid e endurecerá requisitos para obtenção de programas de auxílio.

Agora, cabe a Biden e McCarthy angariar os votos necessários para a aprovação das duas casas do Congresso, a Câmara, sob controle republicano, e o Senado, sob controle democrata.

O acordo deve ser aprovado antes de 5 de junho, data na qual, segundo a secretária do Tesouro, Janet Yellen, o país passa a não possuir fundos suficientes para honrar todas suas obrigações. Apesar do calendário apertado, Biden e McCarthy se mostram confiantes na aprovação.

Focus: projeções de inflação recuam e de PIB sobem para 2023

A projeção do IPCA para 2023 foi revisada para baixo, passando para 5,71%. As estimativas para os anos seguintes se mantiveram estáveis, em 4,13% para 2024 e 4,00% para os anos de 2025 e 2026.

As projeções para a taxa básica de juros (Selic) permaneceram inalteradas para 2023 (12,50%), 2024 (10%) e 2025 (9%), mas subiram para 2026 (9%).

No que diz respeito ao Produto Interno Bruto (PIB), o relatório apontou um aumento nas projeções de crescimento para 2023 (para 1,26%). As projeções para os anos seguintes permaneceram estáveis, em 1,30% para 2024, 1,70% em 2025 e 1,80% em 2026.

Por fim, a mediana das expectativas para taxa de câmbio (BRL/USD) recuou para 2023 (a R$/US$ 5,11), 2024 (a R$/US$ 5,17) e 2026 (a R$/US$ 5,25), mas seguiu estável para 2025 (a R$/US$ 5,20).

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