Alteramos nossas alocações nas carteiras local e internacional

Nicholas McCarthy, Chief Investment Officer (CIO) do Itaú, resume a análise do cenário e as alocações do Comitê de Investimentos de março

Por Itaú Private Bank

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Carta mensal de investimentos
Crédito: Itaú Private Bank

Divulgamos nesta quarta-feira, 19, as perspectivas e estratégias do nosso Comitê de Investimentos, que se reúne mensalmente para decidir as alocações táticas das carteiras-modelo baseadas no cenário macroeconômico global. Desta vez, decidimos realizar algumas mudanças nas carteiras local e internacional.

Entenda a seguir a nossa avaliação do cenário e dos mercados:

Internacional

  • O cenário internacional segue permeado de incertezas. A intensidade e a velocidade da implementação das políticas do novo governo americano geraram maior preocupação com o crescimento dos EUA.
  • As dúvidas sobre a continuidade do excepcionalismo americano resultaram em considerável enfraquecimento do dólar no mês.
  • Na China, diante dos desafios estruturais e incertezas quanto à agenda tarifária dos EUA, as políticas fiscal e monetária deverão ser mais expansionistas. Acreditamos que o governo ainda precisará anunciar medidas fiscais adicionais no segundo semestre para que a economia atinja a meta de crescimento ao redor de 5% em 2025.
  • Na Europa, o pacote de estímulos anunciado na Alemanha e a sinalização de maiores esforços fiscais apresentam um ponto de inflexão importante para a economia da região. O Banco Central Europeu (BCE) deve continuar com seu ciclo de cortes de juros, mas com menos urgência.
  • Assim, estamos mais otimistas com as bolsas europeias agora. As ações da Europa têm se destacado entre as principais beneficiárias da rotação recente no mercado de ações global, a qual tem favorecido outras bolsas e setores a despeito do setor de tecnologia americano.
  • Também seguimos com uma visão construtiva com títulos de crédito americano sem grau de investimento. Taxas elevadas, inadimplência abaixo da média histórica e baixa exposição ao comércio exterior reforçam nossa preferência pela classe, que oferece uma relação risco-retorno atrativa.

Local

  • O início do ano tem sido marcado pelo impacto da desvalorização do dólar sobre os ativos domésticos.
  • O Banco Central deverá continuar com a política monetária contracionista, mas as preocupações com a desaceleração da atividade, juntamente com uma taxa de câmbio mais apreciada e expectativas de inflação dando sinais de estabilização, devem fazer com que o ciclo de alta de juros termine em nível abaixo do que se esperava anteriormente.
  • Estamos mais otimistas com a bolsa brasileira, que deve se beneficiar de um cenário internacional mais benigno para as ações de mercados emergentes.
  • Na renda fixa, seguimos tendo o juro real como nossa classe favorita, por aliar rentabilidade em patamar elevado com proteção inflacionária.

Confira no áudio abaixo um resumo feito pelo CIO do Itaú, Nicholas McCarthy:

Para acessar o relatório completo, fale com sua equipe de atendimento.

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