Ata do BCE reforça novas altas nos juros à frente

No Radar do Mercado: a ata da última reunião do Banco Central Europeu sinalizou que novas elevações nas taxas de juros ainda serão necessárias; nos EUA, inflação ao produtor desacelerou em junho

Por Itaú Private Bank

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Crédito: Getty Images

Ata do BCE reforça novas altas nos juros à frente

O Banco Central Europeu (BCE) divulgou hoje a ata da sua última reunião de política monetária, quando as autoridades elevaram as taxas de juros em 25 pontos-base, e Christine Lagarde, presidente do BCE, sinalizou em coletiva de imprensa uma nova alta para julho.

O documentou reforçou que a inflação subjacente permaneceu forte. A visão das autoridades é que, apesar de o segundo declínio consecutivo no núcleo da inflação (que exclui itens mais voláteis como energia e alimentos) ter sido positivo, ainda não havia evidências suficientes para confirmar a consolidação da desinflação.

A ata também sinalizou que, à princípio, houve uma preferência dos membros do BCE por elevar os juros em 50 pontos-base, tendo em vista o risco de uma inflação mais persistente. No entanto, o consenso foi de um aumento de 25 pontos-base.

Em suma, o documento reiterou o desconforto das autoridades com a dinâmica de inflação, bem como a determinação do BCE em continuar o atual ciclo de aperto além da próxima reunião. Dessa forma, mantemos a expectativa de duas altas de 25 pontos-base nos próximos encontros, levando a taxa a 4% ao final do processo de aperto monetário.

Inflação ao produtor nos EUA desacelera em junho

O Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) dos EUA avançou 0,1% em junho, ligeiramente abaixo das expectativas (0,2%). Além disso, houve uma revisão para baixo da leitura anterior (para -0,4%).

O indicador anual também desacelerou em relação a maio ficou em 0,1%, abaixo do esperado. Excluindo alimentos e energia, o indicador avançou em 0,1% na base mensal e 2,4% na comparação anual, ambos abaixo das projeções do mercado.

De maneira geral, a leitura indica uma desinflação gradual dos preços do atacado e sugere um comportamento mais benigno para os preços do consumidor adiante.

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