Atividade empresarial recua na zona do euro e nos EUA
No Radar do Mercado: o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto desacelerou tanto na zona do euro quanto nos EUA em julho; na China, o governo sinalizou novos estímulos para reaquecer a economia
Por Itaú Private Bank
PMI composto desacelera na zona do euro
O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro desacelerou em julho para 48,9 pontos, com uma queda adicional no setor de serviços (para 51,1), enquanto o manufatureiro segue sem mostrar recuperação (recuando para 42,7). Todas as leituras vieram abaixo das expectativas do mercado, marcando um começo de terceiro trimestre fraco.
Na análise por país, também houve queda no PMI composto da Alemanha e da França, ambos abaixo de 50, nível que sinaliza contração da atividade no setor.
Nos EUA, indicador também desacelerou além do esperado
O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto dos EUA também desacelerou em julho para 52 pontos, abaixo das projeções do mercado. O setor de serviços também surpreendeu ao recuar (para 52,4). Já o manufatureiro acelerou além das expectativas (para 49), mas ainda em nível que indica contração da atividade.
A pesquisa feita pela S&P Global atribuiu à fraqueza uma combinação de crescimento econômico lento, geração de empregos, pessimismo empresarial e uma inflação persistente. A taxa de crescimento da produção é consistente com a expansão do PIB abaixo de um ritmo de 2% sinalizado pela pesquisa no segundo trimestre.
Governo chinês promete estímulos adicionais na economia
Em reunião do final de julho do Politburo, composto por membros do mais alto escalão da China, o comitê sinalizou novos estímulos para a economia. As autoridades reconheceram que o país enfrenta desafios com a fraca demanda interna, algumas empresas com dificuldades e um ambiente externo desafiador.
O comunicado divulgado após o encontro destacou que o governo deseja implementar corte de impostos, estabilizar o emprego em um nível alto e expandir a demanda doméstica, com foco em carros elétricos e bens eletrodomésticos. As autoridades afirmaram também que vão ajustar a política imobiliária e estabelecer um plano para reduzir a dívida dos governos locais. Em linhas gerais, sinalizaram estímulos adicionais, mas que podem frustrar as expectativas de um impulso mais intenso para reaquecer a economia.