BC da China mantém juros e adota medida para estabilizar a moeda
No Radar do Mercado: em linha com o esperado, o banco central da China manteve suas taxas de juros; além disso, ajustou as regras para que empresas e bancos tomem empréstimos no exterior
Por Itaú Private Bank
O banco central da China (PBoC, na sigla em inglês) decidiu manter suas taxas de juros de referência para empréstimos inalteradas. Com isso, a taxa com vencimento de um ano, chamada Loan Prime Rate (LPR), permanece em 3,65% ao ano, enquanto a LPR de cinco anos, referência para hipotecas, está em 4,20% ao ano.
A manutenção das taxas já era esperada pelo mercado, uma vez que o PBoC já havia mantido nesta semana o juro da linha de crédito de médio prazo (MLF) de um ano em 2,65% para instituições financeiras.
Vale lembrar também que as taxas já passaram por uma redução em junho, em um esforço do governo de estimular a atividade econômica, que tem mostrado uma desaceleração, vindo de uma reabertura intensa no primeiro trimestre com o fim das restrições contra a Covid-19.
O PBoC também anunciou a adoção de medidas macroprudenciais. Em linhas gerais, o governo ajustou um parâmetro para aumentar o limite de financiamento no exterior, permitindo que empresas e instituições financeiras locais possam tomar mais empréstimo e abrindo as portas para a entrada de capital estrangeiro. O objetivo é mitigar a depreciação do Yuan chinês, que atualmente é negociado a 7,18 frente ao dólar.