Cenário macro: atualizações para outubro de 2025
Cenário global favorável impulsiona ativos de risco e reforça otimismo com mercados emergentes: confira os destaques da live mensal
Por Itaú Private Bank
Em setembro, o início do ciclo de cortes de juros nos EUA foi o principal vetor de sustentação dos ativos de risco. Além de decidir flexibilizar a política monetária já na reunião de setembro, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) sinalizou que mais cortes podem vir ainda neste e no próximo ano.
Na live de Cenário Macro de outubro, Arthur Carasso, Head de Global Private Investment Specialists, e Nicolas McCarthy, Estrategista-Chefe de Investimentos, analisaram a decisão. Eles confirmaram que mais cortes devem vir à frente, dado que a inflação americana tem convergido em direção à meta de 2,0% de forma gradual, a economia tem apresentado um crescimento próximo do seu potencial e o mercado de trabalho está mais fraco.
Um dos principais reflexos desse movimento é o enfraquecimento do dólar, que já acumula queda de cerca de 10% no ano frente à cesta de moedas do índice DXY. Na visão do time do Itaú, essa tendência deve continuar, favorecendo especialmente os mercados emergentes. Diante disso, as carteiras recomendadas pelo Itaú seguem sobre alocadas em ações emergentes e crédito high yield, aproveitando os prêmios ainda atrativos.
No Brasil, o cenário é mais desafiador, com inflação resistente e incertezas fiscais. Ainda assim, Nicholas enxerga possibilidade de flexibilização monetária a partir do próximo ano, o que pode destravar valor em ativos locais.
Confira os destaques da conversa:
Cenário internacional
- O Fed iniciou o ciclo de cortes de juros e pode realizar mais um ou dois até o fim do ano, com inflação controlada e economia americana resiliente.
- O dólar já caiu cerca de 10% no ano e deve seguir enfraquecendo com estímulos globais e juros mais baixos nos EUA.
- Mercados emergentes têm se destacado, com forte entrada de fluxo e desempenho superior à média global, sustentando a sobrealocação nas carteiras.
- A bolsa americana continua atrativa, com empresas de tecnologia liderando os ganhos e sustentando o otimismo mesmo após altas expressivas.
- A renda fixa global prioriza títulos high yield, aproveitando prêmios ainda interessantes e cenário sem risco de recessão no curto prazo.
Cenário local
- A inflação deve encerrar 2025 abaixo dos 5%, o que deu fôlego para o Banco Central encerrar o ciclo de alta de juros; os cortes, contudo, devem ocorrer apenas em 2026.
- O real tende a se manter estável em torno do patamar atual, a menos que haja queda mais ampla do dólar no mundo, já que não há fatores internos que sustentem uma valorização maior do real comparativamente a seus pares.
- As classes de ativos têm performado bem, e estamos com uma visão otimista para a renda fixa, especialmente com prefixados e juro real, que tende a oferecer um bom risco retorno em momentos de estabilidade da taxa Selic em patamar elevado como o atual.
- A bolsa brasileira permanece com posição neutra nas carteiras, refletindo a inflação ainda elevada, ausência de fluxo estrangeiro relevante e falta de gatilhos que sustentem uma alta consistente.
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