Cenário macro: atualizações para setembro de 2025
Desvalorização do dólar, queda de juros no radar e oportunidades em ativos de risco: confira os destaques da live mensal
Por Itaú Private Bank
Apesar dos diversos ruídos no radar, como as questões geopolíticas e as tarifas americanas, os mercados acionários estão em suas máximas históricas. Além disso, a tendência de desvalorização do dólar e a direção da inflação brasileira e mundial seguem no centro das atenções dos investidores.
Nos EUA, a expectativa é que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) volte a cortar os juros em sua próxima reunião, diante da inflação mais controlada e do mercado de trabalho apontando para uma economia menos aquecida. Já no cenário local, os cortes devem começar apenas no primeiro trimestre de 2026.
Esses assuntos foram destaque do nosso encontro mensal, realizado no dia 9 de setembro, e que contou com a presença de Sylvio Castro, Head da área de Global Investment Solutions, e Nicholas McCarthy, nosso estrategista-chefe de Investimentos. A moderação foi de Arthur Carasso, Head de Global Private Investment Specialists.
Confira os destaques da conversa:
Cenário internacional
- A queda da inflação, auxiliada pela queda do dólar, é vista como o principal motor para a performance dos mercados, já que a tendência de desinflação abre espaço para cortes de juros.
- Nos EUA, a expectativa é de cortes graduais de juros, começando com uma queda de 0,25 p.p. na próxima reunião do Fed, que acontece no dia 17 de setembro.
- O aumento das tarifas americanas teve, até o momento, efeito limitado nos mercados. Além disso, diversos efeitos deflacionários têm amortecido o efeito das tarifas na inflação.
- O dólar deve seguir em trajetória de queda, o que nos deixa mais otimistas com ativos de outros países, especialmente de emergentes.
Cenário local
- A inflação deve encerrar 2025 em torno de 4,6%, bem abaixo dos 7% estimados no ano anterior, o que deu espaço para o Banco Central encerrar o ciclo de alta de juros. Os cortes tendem a ocorrer apenas em 2026.
- O real, depois de forte valorização, tende a se manter estável em torno de R$ 5,40, a menos que haja queda mais ampla do dólar no mundo.
- As classes de ativos têm performado bem, e estamos com uma visão otimista para a renda fixa, especialmente com prefixados e juro real, que tende a oferecer um bom risco retorno em momentos de estabilidade da taxa Selic em patamar elevado como o atual.
- A temporada de balanços tem sido positiva, com muitas empresas mostrando lucros saudáveis. No entanto, para uma valorização consistente, a bolsa ainda precisa de gatilhos, como reformas fiscais ou a proximidade maior do início do ciclo de cortes de juros.
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