Os principais destaques da nossa live mensal de cenário macro de junho

Confira os pontos abordados no bate-papo com os nossos clientes, que teve a participação de Gina Baccelli, Humberto Vignatti e Rodrigo Lopes, com a moderação de Guilherme Wertheimer

Por Itaú Private Bank

3 minutos de leitura
Imagem ilustrativa do artigo Os principais destaques da nossa live mensal de cenário macro de junho
Crédito: Itaú Private Bank

Na terça-feira, 06/06, realizamos mais uma live exclusiva para os nossos clientes, trazendo detalhes sobre a nossa visão do cenário macroeconômico e dos mercados, tanto local quanto internacional. Gina Baccelli, nossa economista-chefe, Humberto Vignatti, estrategista de renda fixa, e Rodrigo Lopes, estrategista de renda variável, participaram da conversa, que foi moderada por Guilherme Wertheimer, nosso superintendente de investimentos.

Veja, a seguir, um resumo do bate-papo.

Cenário Internacional

  • A queda nos preços das commodities e petróleo tem puxado com rapidez a inflação para baixo, acelerando sua convergência para as metas, apesar das medidas de núcleo (que excluem os componentes mais voláteis, como alimentos e energia) ainda estarem em patamar alto na comparação com o mesmo período no ano anterior;
  • Os Bancos Centrais já realizaram grandes movimentos de alta nas taxas de juros e agora, diante de uma atividade econômica mais resiliente e de um mercado de trabalho ainda forte, consideram interromper esse ciclo nos próximos meses;
  • No Estados Unidos, pode acontecer ainda alguma alta residual nos juros, mas a inflação deve fazer o Federal Reserve manter os juros em patamar elevado por algum tempo;
  • A recuperação da atividade econômica na China continua após o fim da política de tolerância zero contra a Covid-19, mas tem sido dificultada pela oferta do setor imobiliário, que permanece enfraquecida e demanda estímulos político-econômicos;
  • O Dólar continua perdendo força em comparação a uma cesta de moedas desde o segundo semestre do ano passado, quando atingiu seu pico, mas a tendência não é linear. Essa desvalorização, junto com a recuperação da China, tende a beneficiar os mercados emergentes;
  • A Guerra entre Rússia e Ucrânia e a inflação global mais resiliente permanecem como riscos a serem observados.

Cenário local

  • A rapidez do retorno da inflação para a meta também é um ponto central no Brasil, e o mesmo efeito notado no exterior é visto aqui, com uma diferença grande entre o indicador cheio e as medidas de núcleo, além de pressões no curto prazo. As expectativas seguem desancoradas, apesar dos esforços do governo e da atividade mais resiliente;
  • Como o aperto monetário foi implementado aqui antes dos países desenvolvidos, pode haver espaço para que o corte nas taxas de juros aconteça antes, mas a redução não é iminente. Acreditamos que ela pode acontecer a partir do segundo semestre, mas as próximas leituras do IPCA serão importantes para a análise do Banco Central;
  • A nova regra fiscal aprovada pela Câmara e em análise pelo Congresso limita a expansão dos gastos e, por consequência, do déficit público. A dívida pública continua crescendo, mas em ritmo muito menor do que estávamos acostumados;
  • O avanço da pauta fiscal e o mercado externo favorável melhoram as perspectivas da economia, por isso estamos mais otimistas com Juro Real (IPCA+);
  • O resultado da próxima reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) pode trazer volatilidade para os ativos de renda fixa, a depender de quais mudanças poderiam ser feitas no sistema de metas;
  • A bolsa segue sendo negociada a múltiplos descontados para a sua média histórica;
  • O enfraquecimento do Dólar tem contribuído para a valorização do Real, mas há riscos internos exercendo pressões no sentido oposto.

Para assistir ao vídeo, solicite o link da transmissão para a sua equipe de atendimento.