Confira nossas alocações das carteiras local e internacional
Nicholas McCarthy, Chief Investment Officer (CIO) do Itaú, resume a análise do cenário e as alocações do comitê de investimentos
Por Itaú Private Bank
Divulgamos na quinta-feira, 29, as perspectivas e estratégias do nosso comitê de investimentos, que se reúne mensalmente para decidir as alocações táticas das carteiras-modelo baseadas no cenário macroeconômico global. Desta vez, mantivemos inalteradas nossas posições tanto nos portfólios locais quanto internacionais.
Entenda a seguir a nossa avaliação do cenário e dos mercados.
Internacional
As atenções continuam voltadas à política monetária americana. Diante do progresso da inflação em direção à meta e dos sinais de enfraquecimento do mercado de trabalho, o Federal Reserve (Fed, banco central americano) deve iniciar o ciclo de corte de juros na próxima reunião.
Na Europa, o quadro de desinflação em estágio mais avançado e a atividade frágil trazem a confiança necessária para o Banco Central Europeu, que deve continuar o seu ciclo de cortes de juros nos próximos meses.
Continuamos gostando do nível de taxas da renda fixa de mercados emergentes, apesar da recente queda provocada pela forte performance do Tesouro americano.
Na nossa visão, os spreads soberanos estão em níveis justos, enquanto os corporativos permanecem apertados, embora ligeiramente mais atrativos quando comparados com títulos com grau de investimento (investment grade).
Em crédito privado americano, seguimos com uma visão construtiva com títulos com grau de investimento, que podem continuar se beneficiando com a redução de risco de fundos de pensão americanos e a diminuição da volatilidade de títulos do Tesouro.
Local
Os dados seguem apontando resiliência na atividade econômica no primeiro semestre do ano. Para a segunda metade, esperamos alguma desaceleração, com os impulsos fiscal e monetário perdendo força.
Temos observado uma composição pior nas últimas leituras de inflação, ou seja, aceleração das medidas de núcleo puxadas por serviços subjacentes. Cabe destacar que acreditamos que os riscos seguem predominantemente altistas. Além disso, as expectativas de inflação continuam piorando.
Nesse contexto de atividade econômica resiliente, incertezas quanto à política fiscal, expectativas de inflação desancoradas e risco de depreciação do Real, em meio um ambiente externo permeado de incertezas, aumentam as discussões acerca de uma possível alta da taxa Selic.
Os ativos de renda fixa já precificam uma alta dos juros, entretanto, o quadro ainda é de elevada incerteza. Afinal, não é claro que a Selic realmente será elevada. Assim, os próximos dados de inflação e atividade econômica, assim como a evolução do cenário internacional, serão chave para definir a questão.
Ainda que o início de um ciclo de cortes de juros nos Estados Unidos possa levar a um maior fluxo de entrada de recursos de investidores estrangeiros na bolsa, acreditamos que o balanço de risco atual continua a favorecer uma postura mais cautelosa em relação ao mercado de ações local.
Seguimos com uma visão construtiva com ativos de juro real, que além de oferecerem um retorno historicamente atrativo, proporcionam preservação do poder de compra.
Confira no áudio abaixo um resumo feito pelo CIO do Itaú, Nicholas McCarthy:
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