Conta corrente registra déficit na zona do euro
No Radar do Mercado: a conta corrente da zona do euro segue em déficit, mas apresentou uma melhora na comparação com o mês anterior; na China, casos de Covid seguem em alta
Por Itaú Private Bank
A conta corrente da zona do euro registrou um déficit de 8 bilhões de euros (o que anualizado representaria -1% do PIB) em setembro, contra 27 bilhões de agosto (anualizado: -2,5% do PIB), segundo dados divulgados hoje pelo Banco Central Europeu (BCE).
O resultado reflete o recuo nos preços de gás, que, ainda podem levar a uma adicional melhora na conta corrente nos próximos meses, para aproximadamente 0% do PIB, caso se mantenham nos atuais patamares. Ainda assim, a conta corrente não deve voltar aos patamares anteriores à guerra na Ucrânia (quando o superávit era equivalente a 3% do PIB).
Outro canal que tem contribuído para melhora dos fluxos na região é a recuperação dos investimentos em portfólio, especialmente em ativos de renda fixa, diante do fim do programa de compra de ativos pelo BCE.
Casos de Covid-19 sobem na China e afetam mobilidade
Os casos de Covid-19 continuam subindo na China. Foram reportados cerca de 28 mil novos casos, acima dos 26.924 anunciados ontem. O volume já está próximo do pico de abril, com a diferença de que a transmissão atual está mais disseminada pelas cidades do país.
No final de semana, as autoridades reportaram as três primeiras mortes por Covid em Pequim em seis meses. Apesar do aumento, a taxa de mortalidade segue baixa. Segundo a Comissão Nacional de Saúde (NHC, na sigla em inglês), a gravidade do surto indica que o país deve seguir com sua política de tolerância zero.
Guangzhou, um polo industrial importante no sul da China, decretou um lockdown de cinco dias no seu distrito mais populoso. Em Pequim, parques e museus foram fechados. Além disso, algumas cidades que tinham suspendido os testes em massa já voltaram a testar.
Apesar de serem restrições parciais, a quantidade expressiva de cidades afetadas deve impactar significativamente a economia. Os indicadores de mobilidade das principais cidades já apontam uma queda, mostrando que a atividade econômica já começou a ser afetada.