Dados de atividade da China apontam recuperação, enquanto vendas no varejo caem nos EUA
No Radar do Mercado: dados chineses sinalizam que o processo de reabertura da economia segue em curso; nos EUA, as vendas no varejo recuaram em fevereiro
Por Itaú Private Bank
O Escritório Nacional de Estatísticas da China (NBS, na sigla em inglês) divulgou uma série de dados de atividade referentes aos meses de janeiro e fevereiro que mostraram recuperação generalizada nos indicadores, sinalizando que o processo de reabertura da economia segue em curso.
As vendas no varejo avançaram 3,5% na comparação anual, revertendo a queda registrada em dezembro, com uma forte recuperação de serviços, enquanto o componente de bens veio com uma alta menos expressiva, indicando menor pressão inflacionária vindo do setor.
A produção industrial, por sua vez, subiu 2,4%, abaixo das expectativas (2,6%), mas acelerando em relação ao resultado anterior (1,3%).
Já os investimentos em ativos fixos da China cresceram 5,5%, acima das expectativas e do registrado anteriormente, impulsionados por infraestrutura e dados mais positivos do setor imobiliário.
Por sua vez, o desemprego no país apresentou uma melhora modesta, de 5,7% para 5,6%, ainda indicando relativa fraqueza no mercado de trabalho chinês.
Vendas no varejo caem nos EUA em fevereiro
As vendas no varejo dos EUA caíram 0,4% em fevereiro, queda ligeiramente mais acentuada do que o esperado (-0,3%), após subir 3,2% (número que foi revisado para cima hoje) em janeiro.
As excluir automóveis e gás, as vendas registraram estabilidade (0%), enquanto a expectativa era de uma queda de 0,2%. O grupo de controle, que tem maior relação com o componente de consumo do Produto Interno Bruto (PIB) americano, subiu 0,5%, desacelerando na comparação com janeiro (revisado para 2,3%), mas acima das expectativas (-0,3%).
De maneira geral, a leitura mais fraca indica que a demanda vem sendo impactada pela inflação mais persistente, além do aperto monetário promovido pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano). Por outro lado, os núcleos mais fortes indicam que, apesar da desaceleração, a economia segue apresentando resiliência.
Mercados: volatilidade em preços de bancos globais
As preocupações com a saúde do sistema bancário permanecem no radar dos investidores nesta quarta-feira. Agora, quem está no centro das atenções é o Credit Suisse, depois de seu principal acionista, o Saudi National Bank, descartar dar mais assistência financeira para o banco suíço. A notícia atingiu as ações da empresa, que apresentam forte recuo nesta manhã e atingiram seu valor mínimo histórico. Além disso, pressionou o mercado de ações, principalmente papéis de bancos europeus, que também caíram.