Enough is enough

TenisVesting: qual é o limite dos treinos e da diversificação?

Por Andrea Masagão Moufarrege, Team Leader - Investment Funds Specialists

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Crédito: Getty Images

Diversificar e treinar é lindo, mas qual é o limite?

Já aprendemos com Harry Markowitz que combinar ativos diferentes melhora a relação de risco x retorno dos portfólios. Mas cada vez que um ativo novo entra na carteira dilui um pouco o efeito positivo de outro, especialmente se o investidor fizer um bom trabalho em escolher ativos que não variam juntos, ou seja, que tenham uma baixa correlação. Agora vem uma pergunta mais difícil. Qual o número ótimo de ativos?

Practice makes perfect. Para um esporte tão técnico como o tênis, é preciso praticar bastante para chegar no golpe ideal. Depois de milhares de bolas trocadas em treino, drills diversos, treinos físicos e jogos intensos, o tenista encara a pergunta mais difícil: quanto mais tenho que treinar para melhorar?

Em 2016, o time de Fundos de Fundos do Itaú publicou um artigo para compartilhar o resultado de um exercício estatístico feito para inferir o número ideal de fundos para maximizar a relação de diversificação de risco x diluição de retornos na classe de multimercados no Brasil.

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Estudo empírico da combinação ótima em reais de fundo multimercados locais e hedge funds internacionais

A gestão dos dados não foi trivial. Envolveu mais 500 simulações de portfólios, incluindo pontualmente sempre um gestor adicional em testagens aleatórias consecutivas. O resultado foi que o ganho marginal de redução de risco e de perdas do portfólio chega quase a zero depois da inclusão do décimo gestor. Dez gestores é um número bem baixo quando consideramos que há mais de 850 gestoras credenciadas entre bancos e assets independentes no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

É bem verdade que grande parte dos gestores no Brasil atuam nos mesmos mercados e com estratégias semelhantes, o que indica que a busca por gestores de hedge funds internacionais seria um bom caminho para buscar ganhos com diversificação. O mesmo estudo conclui que uma combinação de 20% em hedge funds internacionais e 80% em multimercados locais maximiza a relação de risco x retorno nesta classe em reais.

Bastante coisa mudou no mercado desde 2016. Então, é importante incluir alguma margem de aproximação para aplicar esses conceitos hoje, mas eles já dão uma ótima referência. Desse ponto em diante começa a saga da busca dos fundos para compor esse time de 10 melhores, no Brasil e no exterior.

Estudo empírico da combinação ótima em reais de fundo multimercados locais e hedge funds internacionais

No tênis e na verdade em qualquer modalidade esportiva, o descanso é essencial para melhorar a qualidade dos resultados dos treinos. A teoria e a prática mostram que a performance evolui quando sessões de estresse em treinos são combinadas com momentos dedicados para a recuperação dos músculos, articulações e da mente. Uma das melhores formas de recuperação é o sono profundo. Uma boa alimentação também ajuda muito.

Quando a melhora de performance estaciona e as lesões começam a aparecer em sequência, pode ser que o overtraining esteja ganhando de você. E aí, menos é muito mais. Treinos recreativos e lúdicos que combinam modalidades são também uma boa forma de recuperação ativa bem divertida.

E o Nadal não economiza habilidades quando descansa do tênis brincando de jogar futebol.

🎾Awesome Rafael Nadal Football Skills!

📈Ranking Anbima de Gestores de Fundos — Set 2022

⚠️O TenisVesting fará uma pausa e retornará em fevereiro. Até 2023!