EUA: inflação e debate presidencial em foco
No Radar do Mercado: a inflação medida pelo núcleo do CPI nos EUA avançou mais do que o esperado; no Brasil, o setor de serviços surpreendeu positivamente
Por Itaú Private Bank
EUA: inflação de agosto vem em linha com o esperado, mas com núcleo mais pressionado
O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos registrou alta de 0,2% em agosto, em linha com as expectativas do mercado e mantendo o ritmo da leitura anterior. Em 12 meses, a inflação está em 2,5%, conforme o esperado e desacelerando na comparação com o resultado anterior (2,9%).
O núcleo do indicador, que desconsidera os itens mais voláteis, como alimentos e energia, avançou 0,3% na comparação mensal, acima das expectativas e da leitura anterior (ambas em 0,2%). Na comparação anual, o núcleo permaneceu em 3,2%, em linha com as expectativas e mantendo o ritmo anterior.
Na comparação anual, o núcleo de serviços manteve o ritmo da leitura anterior, enquanto o de bens segue em deflação, contribuindo para a leitura mais benigna. Já o supercore (núcleo de serviços que exclui a maior parte do componente de habitação), medida já citada pelo Federal Reserve, registrou avanço de 0,35% no mês, e acelerou para 4,5% em 12 meses.
Nossa visão: a leitura de inflação acima da projeção do mercado reduz a probabilidade de um corte de juros mais agressivo na reunião de setembro. Seguimos com expectativa de que o Federal Reserve inicie seu ciclo de redução de juros na semana que vem, com um corte de 25 pontos-base.
Eleições americanas em foco: debate presidencial
O primeiro debate (e que pode ser o único) entre a vice-presidente, Kamala Harris, e o ex-presidente, Donald Trump, aconteceu nesta terça-feira, 10, com os mercados de apostas aumentando ligeiramente a probabilidade de vitória para Harris, mas os candidatos seguem virtualmente empatados.
A seguir, confira um áudio (em inglês) com a análise de Niraj Patel, Estrategista-chefe de Renda Variável do Itaú Private Bank internacional, sobre o assunto.
Setor de serviços brasileiro avança acima do esperado
O volume de serviços do Brasil apresentou um crescimento mensal de 1,2% em julho, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE. A leitura veio acima da nossa estimativa e da mediana das expectativas do mercado, que eram de estabilidade. Na comparação anual, a alta do setor foi de 4,3%, com o resultado anterior sendo revisado para baixo (para 0,8%).
Entre as cinco principais categorias, três avançaram e duas contraíram na margem em julho. Os destaques positivos ficaram com “Serviços profissionais, administrativos e complementares” e “Serviços de informação e comunicação”, enquanto “Serviços prestados às famílias” e “Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio” registraram contrações.
Nossa visão: o setor de serviços surpreendeu novamente para cima em julho, mas vale ressaltar que a surpresa foi parcialmente compensada por uma revisão para baixo no resultado de junho. Os dados de hoje sugerem uma atividade ainda resiliente no começo do terceiro trimestre.
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