Indicador de atividade recua na zona do euro e nos EUA
No radar do mercado: PMI composto da zona do euro registrou retração e está em patamar que indica contração da atividade. Nos EUA, queda também foi acentuada
Por Itaú Private Bank

O índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro, que inclui os setores industrial e de serviços, registrou retração pelo segundo mês consecutivo, passando de 49,9 em julho para 49,2 em agosto. Vale lembrar que leituras abaixo de 50 indicam um patamar contracionista da atividade.
O PMI industrial desacelerou de 49,8 para 49,7, acima das projeções (49). Já o PMI de serviços retraiu de 51,2 para 50,2, abaixo das expectativas (50,5), mas ainda em território expansionista.
A pesquisa ressaltou o alto nível de incerteza, aumento dos custos de insumos e enfraquecimento da demanda como os principais fatores para a leitura deste mês. Os preços de insumos e produtos seguiram em queda, mas podem não ter capturado totalmente o recente aumento nos preços do gás e eletricidade.
Por países, os PMIs compostos apresentaram moderação tanto na Alemanha (de 48,1 para 47,6) quanto na França (de 51,7 para 49,8). De maneira geral, as leituras indicam uma desaceleração na economia, podendo levar a uma ligeira retração do PIB no terceiro trimestre.
Hoje também houve a divulgação dos PMIs do Reino Unido. O indicador composto caiu de 52,1 para 50,9, mostrando o setor de serviços mais resiliente (de 52,6 para 52,5), enquanto a manufatura teve uma queda mais forte, de 52,1 para 46.
PMI composto tem queda acentuada nos EUA
As empresas do setor privado dos EUA também sinalizaram queda acentuada nos negócios em agosto. A retração na produção foi a mais rápida desde maio de 2020, ultrapassando as leituras registradas no começo da pandemia.
O PMI composto preliminar dos EUA, divulgado hoje pela S&P Global, recuou de 47,7 em julho para 45 em agosto, marcando a segunda contração consecutiva.
A principal queda veio do setor de serviços, com o PMI caindo de 47,3 para 44,1, enquanto a expectativa do mercado era de uma aceleração, para 49,8. Segundo o relatório, escassez de insumos, atrasos nas entregas, aumentos nas taxas de juros e fortes pressões inflacionárias justificaram a queda na demanda dos consumidores.
Já o PMI industrial teve uma retração mais moderada de 52,2 para 51,3. A leitura também veio abaixo das projeções (51,8), mas, por estar acima de 50, indica que o setor permanece em expansão.