Inflação ao produtor avança nos EUA em janeiro
No Radar do Mercado: PPI dos EUA de janeiro indica pressões inflacionárias adicionais; após quedas consecutivas, preços de novas residências na China estabilizam em janeiro
Por Itaú Private Bank
O Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) nos EUA avançou 0,7% em janeiro, acima das expectativas do mercado (0,4%). Essa é a maior taxa desde junho.
O indicador anual atingiu 6%, desacelerando na comparação com o resultado anterior, mas acima do esperado, sendo impulsionado pela alta nos preços de energia.
Excluindo alimentos e energia, o indicador avançou em 0,5% na base mensal e 5,4% na comparação anual, ambos os resultados acima das projeções do mercado.
A leitura indica pressões inflacionárias persistentes e, bem como a maioria dos dados de atividade em janeiro, uma economia bastante resiliente. Dessa forma, a divulgação vem em linha com o recente movimento do mercado, que tem elevado a projeção para a taxa terminal dos juros americanos, bem como adiado a expectativa para o primeiro corte.
Preço de novas residências na China estabiliza em janeiro
Segundo dados divulgados pelo Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês), os preços de novas residências na China estabilizaram em janeiro na comparação mensal (0%), interrompendo a sequência de queda desde agosto de 2021.
A leitura mostrou recuperação nos preços residenciais em 36 das 70 cidades analisadas, vindo de uma alta em 15 no mês anterior, enquanto 33 apresentaram queda. Olhando para as classificações das cidades, o recuo nos preços veio concentrado no grupo de “terceira linha”, enquanto os de primeira e segunda linhas apresentaram alta.
No final de 2022, o Banco Central chinês e o regulador bancário permitiram que cidades que apresentaram queda nos preços residenciais por pelo menos três meses consecutivos (em termos mensais e anuais) reduzissem o limite inferior das taxas de hipoteca da primeira residência para abaixo de 4,1%.
A divulgação reflete os esforços do governo para a recuperação do setor e a retomada da confiança de compradores de imóveis com a reabertura da economia, e sugere que as próximas leituras devem refletir o esperado quadro de estabilização.
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