Inflação atinge novo recorde na zona do euro em agosto

No radar do mercado: o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro atingiu uma nova máxima histórica, acelerando na comparação com o mesmo período do ano passado

Por Itaú Private Bank

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Refletindo uma queda nos preços dos combustíveis, houve recuo do componente de energia (Crédito: Getty Images)

O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro atingiu uma nova máxima histórica na leitura preliminar de agosto, acelerando de 8,9% para 9,1% na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado veio ligeiramente acima das expectativas do mercado (de 9%).

Refletindo uma queda nos preços dos combustíveis, houve recuo do componente de energia, ainda que siga em nível elevado (38,3% a/a). Alimentos, por outro lado, continuaram em alta, atingindo 10,6% a/a.

O núcleo do CPI, que exclui as pressões de energia e alimentos, também acelerou de 4% para 4,3% a/a, sugerindo maior disseminação da inflação na região. O componente de bens subiu de 4,5% para 5% a/a, enquanto os serviços tiveram ligeira aceleração, para 3,8% a/a.

Ao analisar o resultado por países, o CPI da Alemanha e Itália segue acelerando, enquanto na França e Espanha o indicador recuou.

Ainda sem melhora nas perspectivas para a inflação, membros do Banco Central Europeu (BCE) vêm adotando tom mais duro em comentários recentes. Apesar dos diversos desafios ao crescimento da região à frente, o risco de perda de credibilidade pressiona por uma aceleração no ritmo de alta dos juros na reunião de setembro, para 75 pontos-base. Após a leitura desta manhã, as apostas do mercado já caminham para esta magnitude, tanto para setembro, quanto para outubro.