Inflação continua desacelerando na zona do euro em janeiro
No Radar do Mercado: leitura final de janeiro sinaliza manutenção das pressões inflacionárias na zona do euro; PIB do quarto trimestre é revisado para baixo nos Estados Unidos
Por Itaú Private Bank
O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro desacelerou pelo terceiro mês consecutivo em janeiro. Na comparação anual, a alta foi de 8,6% na leitura final de janeiro, enquanto em dezembro o indicador registrava 9,2%. O resultado de hoje veio em linha com as expectativas do mercado (de 8,6%).
Ao olhar a quebra dos componentes, houve uma moderação nos preços de energia, o que colaborou para a desaceleração do indicador. O núcleo do CPI, que exclui as pressões de energia e alimentos, acelerou ligeiramente para 5,3% a/a (ante 5,2% em dezembro), um pouco acima das expectativas do mercado (5,2%). O componente de bens subiu de 6,4% para 6,7% a/a, enquanto os serviços permaneceram em 4,4%.
Ao analisar o resultado por países, os CPIs da Alemanha e Itália desaceleraram na base anual, enquanto os indicadores da França e Espanha apresentaram altas.
Apesar da desaceleração do indicador cheio, a manutenção das pressões sobre o núcleo, que ainda segue em trajetória ascendente, devem fazer com que o Banco Central Europeu (BCE) continue adotando um tom mais duro, além de manter as apostas do mercado por um ciclo mais longo de aperto monetário.
PIB americano é revisado para baixo no quarto semestre de 2022
O Escritório de Análise Econômica (BEA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos divulgou hoje a segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre de 2022. No período, o indicador avançou 2,7% em termos anualizados, na comparação com o terceiro trimestre (quando havia crescido 3,2%).
Considerando que é a segunda leitura, mesmo sendo realizado com bases em dados mais completos, os números ainda estão sujeitos à revisão. O destaque da leitura foi a revisão baixista dos gastos dos consumidores, sinalizando uma economia com menos momento na margem. Destaca-se, por outro lado, que as recentes divulgações de dados econômicos apontam para uma retomada do consumo no início de 2023.