IPCA-15 desacelera e fica em 0,51% em maio

No Radar do Mercado: o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve uma alta de 0,51% em maio, desacelerando na comparação com abril; nos EUA, o PIB no primeiro trimestre foi revisado para cima

Por Itaú Private Bank

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Créditos: Getty Images

O IBGE divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que teve uma alta de 0,51% em maio, desacelerando na comparação com abril (0,57%) e abaixo das expectativas do mercado (0,64%). Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumulou alta de 4,07%, abaixo dos 4,16% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta no mês. O maior impacto veio de Saúde e cuidados pessoais, ainda devido ao aumento nos preços de produtos farmacêuticos. Na sequência, veio Alimentação e bebidas, com a alta da alimentação no domicílio, que havia recuado em abril. Por outro lado, o grupo de Transportes registrou queda, movimento puxado pelo recuo nos preços das passagens aéreas.

O IPCA-EX3, núcleo que reúne componentes da inflação mais sensíveis ao ciclo econômico, desacelerou nos últimos 12 meses em relação à última leitura. O índice de difusão, que mede o percentual de itens com aumento dos preços, subiu na comparação mensal e está em 64,31%, o que significa que a inflação está mais disseminada na margem.

De modo geral, o resultado corrobora o cenário de desinflação em curso, embora as medidas de núcleo ainda sigam acima do compatível com o cumprimento da meta de inflação. Nas próximas leituras, devemos seguir observando um recuo da inflação acumulada em 12 meses para ao redor de 3,7%, influenciado pelo efeito base dos cortes de impostos no ano passado e pelos cortes recentes de combustíveis na refinaria. Projetamos 5,8% para o IPCA em 2023 e 4,5% em 2024.

Revisão do PIB americano surpreende com crescimento de 1,3% no primeiro trimestre

O Escritório de Análise Econômica (BEA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos divulgou a segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre de 2023. No período, o indicador avançou 1,3% na comparação trimestral em termos anualizados, acima da leitura inicial e das expectativas do mercado (ambas em 1,1%). Apesar do resultado mais forte do que indicava a leitura preliminar, houve uma queda em relação ao trimestre imediatamente anterior (2,6%). Dessa forma, a divulgação aponta para uma desaceleração gradual da economia americana, movimento já esperado diante das altas de juros promovidas pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano) para controlar a inflação no país.

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