IPCA abaixo do esperado em novembro

No Radar do Mercado: IPCA registrou uma alta de 0,41% em novembro, desacelerando na comparação com outubro. Na China, a inflação também arrefeceu

Por Itaú Private Bank

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Crédito: Getty Images

O IBGE divulgou hoje o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que teve uma alta mensal de 0,41% em novembro, influenciado pelo preço dos combustíveis, mas desacelerando frente ao registrado em outubro (0,59%) e ligeiramente abaixo das expectativas do mercado (0,53%). Em 12 meses, o indicador desacelerou de 6,5% para 5,9%.

Dos nove grupos de produtos e serviços, sete tiveram alta no mês. Transportes e Alimentação e Bebidas foram os que mais impactaram o índice. Juntos, contribuíram com cerca de 71% do IPCA de novembro. Já a maior variação veio de Vestuário. Registraram queda apenas Artigos de residência e Comunicação.

De maneira geral, a composição do dado segue benigna, com o núcleo subjacente para serviços e industriais (IPCA-EX3) desacelerando dos picos recentes. O índice de difusão, que mede o percentual de itens com aumento dos preços, recuou para 58,6%, indicando que a inflação está menos disseminada na margem.

Projetamos alta de 5,8% no IPCA em 2022, com viés de baixa após o anúncio recente de corte de preço de gasolina na refinaria e com a surpresa de baixa do dado divulgado hoje.

Inflação desacelera na China

O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) da China avançou 1,6% em novembro, na comparação anual, desacelerando em relação ao mês anterior. A leitura veio em linha com as projeções do mercado. Na comparação mensal, o índice registrou deflação de 0,3%.

A desaceleração foi puxada pela deflação no componente de alimentos, enquanto preços de energia apresentaram alta. O núcleo do indicador, que exclui alimentos e energia, permaneceu em 0,6% na comparação anual.

Houve também a divulgação do Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês), que recuou 1,3% na comparação anual, registrando o segundo mês consecutivo de deflação.

As leituras de hoje e a demanda doméstica ainda reprimida sugerem que as pressões desinflacionárias devem permanecer no curto prazo. À frente, a dinâmica da inflação deve ser guiada pelo processo de reabertura da economia chinesa.

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