Itaú BBA Investment Strategy Day: confira os destaques do evento

O Itaú BBA Investment Strategy Day reuniu gestores e especialistas para discutir o cenário econômico local e global e seus impactos nas estratégias de alocação

Por Itaú Private Bank

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Na quinta-feira, 22, aconteceu o evento Itaú BBA Investment Strategy Day, que reuniu especialistas de renomadas gestoras de recursos, como Itaú Asset Management, Absolute Investimentos, Legacy Capital, Oceana e SPX Capital, com a moderação da equipe de research do banco. Os painéis abordaram o cenário doméstico e internacional, as perspectivas sobre os recentes movimentos de mercado e o que esperar à frente para os mercados de juros, bolsa e moedas.

A seguir, você confere alguns dos destaques trazidos pelos gestores.

Fundos Multimercados

O painel contou com a participação de Bruno Serra, gestor da família de fundos Janeiro na Itaú Asset Management e ex-diretor de política monetária do Banco Central, além de Fabiano Rios, da Absolute Investimentos, e Felipe Guerra, da Legacy Capital. Confira os destaques da conversa:

  • Os especialistas discutiram a desaceleração da economia global, destacando que, embora as condições estejam mais suaves do que o esperado, ainda há ruídos e desafios. Mudanças nos padrões históricos de consumo e mobilidade após a pandemia foram fatores que tornaram o cenário mais complexo.

  • Ainda existe certa preocupação com a possibilidade de recessão nos Estados Unidos, embora não seja uma visão unânime. A expectativa é de que o processo de desinflação continue, com o mercado ajustando suas expectativas em relação aos próximos cortes de juros do Federal Reserve (Fed, banco central americano).
  • O cenário global e as decisões do Fed impactam a performance dos mercados emergentes, incluindo o Brasil.
  • No Brasil, a inflação corrente tem surpreendido positivamente, mas ainda há desafios de credibilidade que precisam ser enfrentados, com o mercado acompanhando de perto os próximos passos do Copom.
  • A visão sobre a bolsa brasileira foi otimista, com expectativa de alta nos próximos meses. Há uma percepção (não-unânime entre os gestores) de que os preços estão convidativos e de que há potencial de uma migração maior de investimentos para a bolsa adiante.O painel abordou também estratégias de proteção de portfólio, como a compra de dólar, diversificação e a utilização de opções como métodos eficazes para gestão de risco.

Fundos Long Biased

Os gestores André Lion, da Ibiúna Investimentos, e Leonardo Linhares, da SPX Capital, discutiram o atual cenário macroeconômico, destacando a influência dos movimentos de juros e inflação tanto no Brasil quanto nos EUA. Confira os destaques:

  • Os gestores acreditam que o cenário local é positivo para o mercado de ações, especialmente com a expectativa de crescimento do PIB e controle da inflação.
  • A perspectiva é de que a combinação de um bom cenário macroeconômico com empresas bem geridas e com valuations atrativos é a base para construir uma boa estratégia.
  • Os gestores destacaram a importância da proteção de portfólio contra eventos inesperados e contra a volatilidade do mercado, com o uso de derivativos e outras estratégias de hedge. A busca por oportunidades de retorno, mesmo em cenários adversos, é central para a abordagem long biased.
  • Empresas recentemente privatizadas, como Eletrobras, Copel e Sabesp, também foram pauta da conversa, com preferência unânime pela Eletrobras, que tende a ter uma melhor relação entre risco e retorno.

Fundos Long Only

O terceiro painel contou com a participação dos gestores Leonardo Messer, da Oceana Investimentos, e Marcelo Magalhães, da Tork Capital. Confira os destaques:

  • Essencialmente, como estratégia de gestão, ambos procuram evitar armadilhas no longo prazo e reduzir perdas.
  • Magalhães acredita que a estratégia para se diferenciar na gestão é alcançada por meio de disciplina, processo rigoroso e filosofia consistente, além de aproveitar as oportunidades geradas pela volatilidade do mercado brasileiro.
  • A palavra de ordem, para Messer, é “fugir das tentações”: a gestão evita diversificação excessiva, preferindo focar em seu nicho de expertise, resistindo às tentações de investimentos que poderiam diluir retornos.
  • Para os dois, para ter uma empresa no portfólio, é feita uma análise que considera a geração de valor ao longo do tempo, qualidade do negócio e alinhamento da equipe de gestão. Também são avaliados os riscos competitivos, tecnológicos e de governança, com foco em empresas que tenham potencial de valorização sustentável.
  • A preferência é por empresas que ofereçam retorno consistente e riscos controlados.
  • Para Marcelo Magalhães, o setor de commodities deve ser abordado com cautela, devido à sua volatilidade; enquanto setores mais estáveis, como utilities, são setores de sua preferência.