Medida de atividade do setor de serviços desacelera além do esperado nos EUA

No Radar do Mercado: o ISM de serviços desacelerou em março nos EUA diante de um enfraquecimento da demanda; na Alemanha e na França, os dados industriais surpreenderam positivamente

Por Itaú Private Bank

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Crédito: Getty Images

O índice do Instituto de Gerência de Oferta (ISM, em inglês) de serviços dos Estados Unidos desacelerou em março, de 55,1 para 51,2. O mercado já projetava uma queda no indicador, mas menos intensa do que o registrado. Vale lembrar que leituras acima de 50 indicam a expansão do setor.

A retração na taxa de crescimento do setor de serviços acontece principalmente devido a um arrefecimento no componente de novos pedidos, além de uma queda nos preços pagos pelos fornecedores e no nível de emprego no setor.

A desaceleração além do esperado vem em linha com o ISM de manufatura divulgado na segunda-feira, que caiu para o nível mais baixo desde 2020. De maneira geral, a desaceleração dos indicadores reflete os efeitos da política monetária contracionista do Federal Reserve (Fed, banco central americano) na luta contra a inflação. Ainda assim, o recuo pode ter sido exacerbado no mês devido à maior incerteza gerada pelos episódios no sistema bancário americano.

Dados da indústria surpreendem na Alemanha e na França

Os pedidos de fábrica da Alemanha aumentaram 4,8% na comparação mensal, bem acima das projeções de mercado (0,3%) e do resultado anterior (revisado para 0,5%). As vendas da indústria também avançaram, de -0,6% para 1,5%. As surpresas positivas devem implicar em revisões altistas para a leitura de produção industrial alemã, que será divulgada amanhã.

A produção industrial da França também avançou, 1,2% na base mensal, acima das projeções de 0,5%, indicando baixo impacto das greves que ocorreram ao longo do mês.

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