Mudamos nossas alocações das carteiras local e internacional

Nicholas McCarthy, Chief Investment Officer (CIO) do Itaú, resume a análise do cenário e as alocações do comitê de investimentos

Por Itaú Private Bank

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Carta mensal de investimentos
Crédito: Itaú Private Bank

Divulgamos nesta quinta-feira, 04, as perspectivas e estratégias do nosso comitê de investimentos, que se reúne mensalmente para decidir as alocações táticas das carteiras-modelo baseadas no cenário macroeconômico global. Desta vez, fizemos mudanças em nossas posições tanto nos portfólios locais quanto internacionais.

Entenda a seguir a nossa avaliação do cenário e dos mercados.

Internacional

  • O cenário internacional continua permeado de incertezas. A combinação de atividade forte e inflação persistente nos Estados Unidos segue reforçando a necessidade de uma política restritiva por período prolongado. A Europa, por sua vez, liderou o ciclo de cortes entre os principais países desenvolvidos.

  • Em meados de junho, diante de uma rápida performance dos mercados acionários nos EUA, encerramos um call tático mais comprado em bolsa americana contra europeia, com resultados positivos para as carteiras dos nossos clientes.

  • Agora, diante de uma relação risco vs. retorno que nos parece menos atrativa, reduzimos nossa posição em bolsa de emergentes, também com uma contribuição positiva para os portfólios internacionais.

  • Estamos mais otimistas com a renda fixa de países emergentes, pois a combinação de fundamentos sólidos e taxas elevadas nos parece mais atrativa no momento, além do benefício proveniente do eventual início de corte de juros pelo Fed.

  • Em crédito privado americano, seguimos com uma visão construtiva com títulos com grau de investimento (investment grade), que ainda devem se beneficiar de uma gama diversa de cenários, desde uma desinflação benigna até uma desaceleração econômica.

Local

  • No Brasil, os dados seguem apontando resiliência da atividade econômica, com o forte crescimento do PIB no primeiro trimestre puxado por consumo e investimentos.

  • A inflação corrente tem caminhado conforme o esperado, mas houve deterioração das expectativas, em parte relacionada às consequências da tragédia no Rio Grande do Sul.

  • Na frente fiscal, o desafio continua, em meio às incertezas quanto à execução do arcabouço e cumprimento das metas.

  • Com o cenário global mais desafiador, o aumento de incertezas domésticas e a elevação da taxa de câmbio acreditamos que não há espaço para cortes adicionais de juros.

  • Seguimos otimistas com ativos de juro real (IPCA+), que oferecem um retorno atrativo aliado à preservação do poder de compra.

  • Dadas as incertezas no cenário atual e em linha com nossa visão para bolsas emergentes em geral, optamos por reduzir a exposição à bolsa brasileira abaixo do nível neutro e aumentar nossa parcela de CDI.

Confira no áudio abaixo um resumo feito pelo CIO do Itaú, Nicholas McCarthy:

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