No radar do mercado: PIB da China contrai no segundo trimestre
Em meio ao impacto das restrições para controle do surto de Covid-19, o PIB da China apresentou contração de 2,6% no segundo trimestre frente ao trimestre anterior
Por Itaú Private Bank
Em meio ao impacto das restrições para controle do surto de Covid, o Produto Interno Bruto (PIB) da China apresentou contração de 2,6% no segundo trimestre frente ao trimestre anterior. O resultado ficou abaixo das projeções (-2,0%) e marcou uma desaceleração frente ao resultado anterior, de 1,3%. Com isso, o país acumula crescimento de 2,5% no primeiro semestre.
Na comparação ao mesmo período de 2021, o PIB chinês cresceu 0,4% no segundo trimestre, desacelerando na comparação com os primeiros três meses do ano (4,8%). O resultado ficou bem abaixo das expectativas do mercado (1,2%).
Os componentes da oferta mostram que o principal obstáculo foi o setor de serviços (-0,4% a/a), mas também houve desaceleração do setor industrial (0,9% a/a vs. 5,8% no 1TRI), afetado por interrupções na cadeia de suprimentos. Por província, o destaque negativo foi Xangai, com queda de 13,7% a/a.
Os dados de atividade referentes a junho, no entanto, apontam para recuperação da atividade na margem. A produção industrial subiu 3,9% na comparação interanual em junho, ligeiramente abaixo das expectativas (4%), mas acelerando na comparação com o resultado de maio (0,7%). Já as vendas do varejo cresceram 3,1% a/a, recuperando da queda de 6,7% de maio e acima das projeções (0,3%).
A expectativa é de manutenção da recuperação da atividade na segunda metade do ano em meio à reabertura de atividades e efeito dos estímulos implementados.
Produção industrial retrai 0,2% em junho nos EUA
A produção industrial dos Estados Unidos recuou 0,2% em junho, desacelerando em relação ao mês anterior, que foi revisado de 0,2% para 0%. O resultado também veio abaixo da expectativa do mercado, que estimava uma alta de 0,1%.
Sobre a utilização da capacidade industrial, houve uma variação para 80%, ligeiramente abaixo do esperado (80,8%) e do resultado anterior, que foi revisado de 79% para 80,3%. Já a produção manufatureira retraiu 0,5%, também abaixo da expectativa (-0,1%). Ainda houve revisão da leitura de maio, que foi de -0,1% para -0,5%.
Vendas no varejo dos EUA crescem 1% em junho
As vendas no varejo americano tiveram um aumento mensal de 1% em junho, acelerando na comparação com o resultado anterior (revisado para -0,1%) e ligeiramente acima das expectativas (0,9%).
Ao excluir automóveis e gasolina, a expansão foi de 0,7% no mês, enquanto a expectativa era de 0,1%. Já o grupo de controle, que possui maior relação com o componente de consumo do PIB, avançou 0,8% frente à expectativa de 0,3%. Houve, no entanto, revisão baixista da leitura de maio, de 0% para -0,3%.
Os dados indicam resiliência do consumo americano mesmo em meio ao forte avanço dos preços e devem oferecer suporte às projeções para o PIB do segundo trimestre.