No radar do mercado: atividade chinesa sofre forte queda em abril

A atividade econômica da China apresentou forte recuo devido às restrições impostas para conter a onda de Covid-19 no país

Por Itaú Private Bank

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Crédito: Getty Images

A atividade econômica da China apresentou forte recuo devido às restrições impostas para conter a onda de Covid-19 no país. A produção industrial registrou uma queda de 2,9% em abril, na comparação anual, bem abaixo do esperado pelo mercado (0,5%). A queda foi puxada pelo setor de manufatura (-4,6% a/a), principalmente com a produção de veículos que caiu 31,8% no mês.

As vendas no varejo caíram 11,1% ano/ano, também bem abaixo da queda projetada pelo mercado (-6,6%). Já o investimento em ativos fixos aumentou 6,8% no período de janeiro a abril frente ao mesmo recorte em 2021, um pouco abaixo do esperado (7%) e mostrando uma desaceleração na comparação com o ritmo de 9,3% registrado no primeiro trimestre.

Por sua vez, a taxa de desemprego subiu 0,3 ponto percentual para 6,1%, refletindo o impacto dos lockdowns no mercado de trabalho. Esperamos que a atividade se normalize após o choque do vírus, à medida que a situação de Xangai e Pequim melhore.

No setor imobiliário, houve queda nas vendas de janeiro a abril frente ao mesmo período do ano passado (-32% a/a). Para estimular esse mercado, foi anunciado corte na taxa de hipoteca para alguns segmentos. Já o banco central chinês (PBoC), injetou 100 bilhões de yuans em liquidez no sistema por meio de sua linha de crédito de médio prazo, mantendo a taxa de 2,85%.