No radar do mercado: IPCA-15 desacelera em julho

O IPCA-15 teve uma alta mensal de 0,13%, desacelerando frente ao registrado em junho e ligeiramente abaixo do esperado pelo mercado

Por Itaú Private Bank

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Afetado pelas reduções de impostos nos preços dos combustíveis, grupo de transportes contribuiu negativamente para o indicador (Crédito: Getty Images)

O IBGE divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que teve uma alta mensal de 0,13% em julho, desacelerando frente ao registrado em junho (0,69%) e ligeiramente abaixo do esperado pelo mercado (0,16%). Essa é a menor variação mensal desde junho de 2020 (0,02%). Na comparação anual, houve queda de 12,04% no mês anterior para 11,39%.

Seis dos nove grupos de produtos e serviços tiveram alta em julho. O maior impacto positivo veio de Alimentação e bebidas, que acelerou em relação a junho. Já a maior variação veio de Vestuário. Por outro lado, vale destacar os grupos de Transportes e Habitação, que contribuíram negativamente para o indicador, ambos afetados pelas reduções recentes de impostos nos preços dos combustíveis e energia elétrica.

Nas medidas de núcleo, os serviços subjacentes seguem pressionados, enquanto os industriais subjacentes desaceleraram, mas permanecem em nível elevado.

O IPCA-EX3, núcleo que reúne componentes da inflação mais sensíveis ao ciclo econômico, avançou 0,88% m/m e acumula alta de 10,71% em 12 meses (acelerando na comparação com a leitura anterior, de 10,47%). Já o índice de difusão, que mede o percentual de itens com aumento dos preços, atingiu 67,85% no mês, abaixo dos 68,94% de junho, mas ainda em nível elevado, sugerindo uma inflação disseminada.