No radar do mercado: PIB do Brasil cresce 1% no primeiro trimestre de 2022

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil avançou 1% no primeiro trimestre do ano, na comparação com o quarto trimestre de 2021, segundo o IBGE. Frente ao mesmo trimestre de 2021, o crescimento foi de 1,7%

Por Itaú Private Bank

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Crédito: Getty Images

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil avançou 1% no primeiro trimestre do ano, na comparação com o quarto trimestre de 2021, segundo o IBGE. Frente ao mesmo trimestre de 2021, o crescimento foi de 1,7%. Os resultados ficaram abaixo das expectativas do mercado (de 1,2% tri/tri e 2,1% a/a). No acumulado dos últimos quatro trimestres, o PIB cresceu 4,7%, frente ao período imediatamente anterior.

O resultado foi puxado pelo setor de serviços, que registrou uma alta de 1% t/t, impulsionado pela reabertura da economia, após as restrições impostas para conter a Covid-19. Por outro lado, houve queda na agropecuária (-0,9% t/t), enquanto a produção industrial apresentou estabilidade (0,1% t/t).

Do lado da demanda, o principal destaque foi o consumo das famílias, que avançou 0,7%, influenciado pela maior demanda por serviços presenciais. O consumo do governo cresceu apenas 0,1%, enquanto a formação bruta de capital fixo recuou 3,5%. As exportações de bens e serviços subiram 5,0%, e as importações caíram 4,6%.

O resultado gera um carrego estatístico de 1,5% para 2022. Nossos indicadores de alta frequência apontam para uma expansão da atividade no segundo trimestre. As medidas de estímulo do governo e a recuperação do mercado de trabalho contribuirão para um maior consumo das famílias entre abril e junho. Por isso, vemos um risco de alta para a nossa previsão de 1,0% para o PIB deste ano.

Mercados (atualizado às 12h)

Na contramão das bolsas de Nova York, o Ibovespa opera em leve alta no pregão de hoje, após a divulgação do PIB brasileiro no primeiro trimestre. O movimento é puxado pela valorização dos papéis ligados às commodities metálicas.

O dólar opera ao redor da estabilidade, sendo negociado a 4,80 frente ao real. Na renda fixa, os juros futuros acompanham o movimento do câmbio e rondam os ajustes, com viés de alta ao longo da curva.