No radar do mercado: revisamos a projeção para a inflação de 2022

Reduzimos a nossa projeção para o IPCA de 2022, incorporando alguns impactos adicionais, como a redução das alíquotas de ICMS sobre combustíveis, energia e telecomunicações

Por Itaú Private Bank

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Crédito: Getty Images

Reduzimos a nossa projeção para o IPCA de 2022, de 8,7% para 7,5%. Isso porque incorporamos o impacto causado por três fatores principais:

  • Redução das alíquotas de ICMS sobre combustíveis, energia e telecomunicações;
  • Retirada das tarifas de uso dos sistemas de transmissão e distribuição de energia (conhecidas pelas siglas TUST e TUSD) da base de cálculo do ICMS;
  • Fim do congelamento do Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF) dos combustíveis.

Para 2023, mantemos a projeção de 5,6%. Vemos um balanço de riscos equilibrado para a inflação, uma vez que a menor inflação em 2022 pode ter um impacto inercial de baixa no IPCA, mas, por outro lado, a piora fiscal traz risco de alta pelo aumento de outros impostos, além da piora nas expectativas de inflação.

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IGP-M sobe 0,59% em junho

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de junho subiu 0,59% no mês, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado veio abaixo das expectativas do mercado (0,70%). No ano, o índice acumula alta de 8,16%. Em 12 meses, ele ficou praticamente estável, em 10,70%, ante 10,72% de maio.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que possui maior peso na composição do IGP-M, registrou alta no mês, mas desacelerou frente ao resultado de maio, devido a uma deflação das matérias-primas em junho.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) acelerou frente ao mês anterior, pressionado pelo grupo de habitação, com destaque para uma alta na tarifa de eletricidade residencial. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) também acelerou, diante de variações positivas em todos os seus componentes: materiais e equipamentos, serviços e mão de obra.