No radar do mercado: Xangai caminha para o fim do lockdown contra a Covid-19

As autoridades do maior centro financeiro da China anunciaram planos de afrouxamento das restrições. Em Pequim, porém, seguem os temores de medidas mais rigorosas diante do alto número de casos

Por Itaú Private Bank

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Vista de Xangai, na China (Crédito: Getty Images)

As autoridades do maior centro financeiro da China, Xangai, anunciaram planos de afrouxamento das restrições contra a Covid-19. A cidade deve sair do lockdown em 1º de junho, quando shoppings e lojas poderão reabrir em etapas. Alunos do ensino médio e fundamental devem retornar às aulas em 6 de junho.

Apesar da melhora em Xangai, outras cidades enfrentam dificuldades para conter a variante Ômicron, como é o caso de Pequim, que não adotou o lockdown, mas pediu que trabalhadores e estudantes façam suas atividades de casa e limitou em 30% a lotação em ambientes de trabalho. Com o alto número de casos, no entanto, seguem os temores de restrições mais rigorosas na região.

Em meio à postura de tolerância zero contra a Covid-19, fábricas e empresas têm sido prejudicadas por interrupções, testes em massa e restrições de mobilidade, com forte recuo nos dados de atividade referentes a abril. Nosso índice de atividade diária mostrou uma melhora no componente relacionado à indústria devido à retomada nos portos e no setor automobilístico ao longo de maio, mas a recuperação econômica ainda parece distante.

A menor eficiência das vacinas aplicadas no país e a baixa taxa de vacinação entre os idosos sugerem que a estratégia deve seguir ativa no país. As autoridades possuem ferramentas para oferecer adicional suporte à economia, mas tudo indica que a taxa de crescimento será menor do que a meta estipulada pelo governo para este ano (5,5%).

Mercados (atualizado às 12h)

O Ibovespa opera em alta na manhã de hoje, seguindo o movimento das bolsas de Nova York, enquanto os investidores repercutem a ata do Federal Reserve (Fed, banco central americano) divulgada ontem, que confirmou a expectativa do mercado de manutenção do ritmo de alta de juros nos Estados Unidos, afastando a possibilidade de elevações mais agressivas.

Na renda fixa, os juros futuros operam em leve queda, após a aprovação na Câmara do projeto de lei complementar que limita a cobrança de ICMS de combustíveis e energia. O dólar tem um dia de desvalorização, sendo negociado a 4,78 frente ao real.