O desafio dos bancos centrais continua
The Weekly Globe: principais bancos centrais do mundo não apenas têm elevado suas taxas, como acelerado o ritmo de alta para tentar combater a persistente pressão sobre os preços
Por Gina Baccelli & Victor Corrêa
Com o desequilíbrio entre oferta e demanda gerado pela pandemia, além da pressão sobre preços de energia decorrente da invasão russa à Ucrânia, o primeiro semestre do ano foi marcado por uma expressiva aceleração da inflação ao redor do mundo.
Desde então, os principais bancos centrais desenvolvidos vêm não apenas elevando suas taxas, mas também acelerando o ritmo de alta. Nas últimas quatro reuniões, o Federal Reserve (Fed, banco central americano) promoveu alta acumulada de 225 pontos-base (bps) nas taxas de juros, um processo muito mais rápido do que nos últimos ciclos.
No ciclo anterior, iniciado no fim de 2015, o Fed levou três anos para promover ajuste da mesma magnitude. Em 2004, no recorte de quatro reuniões desde o início do ciclo de alta, houve elevação de apenas 100 bps nos juros. O movimento também pode ser identificado em outros países.