On Credit: perspectivas para o mercado de crédito local e internacional
Confira as últimas atualizações do mercado de crédito local e internacional preparadas por nossos especialistas
Por Itaú Private Bank
A nova edição trimestral do On Credit traz atualizações do mercado de crédito global e local feitas pelos nossos especialistas. Na versão local, Vanessa Müller, do time de Global Private Investment Specialists, analisa o comportamento recente dos spreads de crédito, em especial referentes às debentures de infraestrutura.
Já o vídeo internacional é apresentado por Alejandro Estevez-Breton, Chief Fixed Income Strategist e Marcelo Menusso, Chief Credit Strategist. Nele, os especialistas do Itaú Private Bank internacional falam brevemente sobre a resiliência da atividade econômica e do mercado de trabalho nos EUA, as tendências positivas dos lucros do 3T24 e como a incerteza política após as eleições americanas pode afetar os mercados de renda fixa e nossos portfólios.
A seguir, confira os destaques dos vídeos.
Local
- Os patamares nominais da remuneração dos ativos de renda fixa continuam interessantes com a taxa Selic a caminho de 1% ao mês e taxas prefixadas de 13% ao ano ou indexadas ao IPCA acima de 6,5% ao ano.
- No cenário atual, o mercado de crédito privado continua resiliente, com destaque para os ativos diretos e fundos com isenção de imposto de renda. Porém, embora o fluxo de captação nos fundos de crédito continue positivo, observamos nos últimos meses uma leve desaceleração.
- Nas ofertas primárias, vimos os limites de spreads serem testados, uma vez que emissões com spreads muito baixos e prazos mais longos não tiveram sucesso e acabaram ficando em parte com os bancos coordenadores. Esse movimento acontece de tempos em tempos no mercado. Acreditamos que isso é um reflexo natural de estabilização após um período de fluxos mais intensos. Por enquanto, notamos um aumento dos spreads comparado com o trimestre anterior, mas ainda muito sutil.
- No mercado de debêntures incentivadas, no entanto, temos um fator adicional. Considerando todas as captações já realizadas por esses fundos de Infraestrutura, a demanda por debêntures isentas continua expressiva e deverá se manter assim por um período considerável.
- Uma novidade interessante que entrou em vigor a partir de 1º de novembro desse ano foi a Resolução 179 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). As novas regras determinam que os intermediários financeiros divulguem a remuneração recebida pela oferta de valores mobiliários e informem sobre potenciais conflitos de interesse. Essas mudanças visam tornar o mercado brasileiro mais transparente, sólido e confiável, alinhado às melhores práticas internacionais.
Para mais detalhes, assista o vídeo na íntegra:
Internacional
Desde agosto, a atividade econômica e o mercado de trabalho nos EUA têm mostrado uma dinâmica positiva, o que, junto com a incerteza política sobre tarifas e imigração, tem elevado os rendimentos do Tesouro Americano. As promessas de Trump de desregulamentação, impostos mais baixos e restrições às importações e imigração geram incertezas que levam investidores a exigir rendimentos mais altos.
As incertezas políticas da administração Trump estão elevando os rendimentos dos títulos. O Tesouro de 10 anos dos EUA está em torno de 4,4%, comparado a 3,8% no início do ano. Isso resulta em rendimentos mais altos no crédito dos EUA e da América Latina, com o grau de investimento dos EUA rendendo 5,2% e títulos de alto rendimento em 7,5%. Investidores têm agora uma boa oportunidade para investir em créditos de alta qualidade.
No terceiro trimestre de 2024, 75% das empresas apresentaram surpresas positivas no lucro por ação, com um crescimento estimado de 5,4%. O crescimento econômico resiliente e o mercado de trabalho sugerem um crescimento sustentado dos lucros até 2025, mas a incerteza política pode aumentar os rendimentos do Tesouro, potencialmente afetando os mercados de crédito e ações.
Dependendo das nomeações de Trump para a equipe econômica e das novas legislações, o Fed pode limitar cortes de taxas. Em termos de gestão de carteira de crédito, a nossa posição é construtiva devido aos altos rendimentos, com atenção aos spreads baixos. Aumentamos ligeiramente a duration, focando em títulos soberanos e de grau de investimento, especialmente no intervalo de maturidade de 5 a 10 anos.
Setorialmente, gostamos de finanças e materiais básicos em mercados desenvolvidos e emergentes, e do setor de comunicações em mercados desenvolvidos. Estamos cautelosos com o setor de consumo não discricionário nos mercados emergentes, mas os fundamentos de crédito estão melhorando.
Continuaremos monitorando os mercados, que apresentam uma combinação interessante de rendimentos elevados, spreads apertados e bons fundamentos de crédito.
Para mais detalhes, assista o vídeo na íntegra: