Vídeo mensal de investimentos: cenários e mercados
Confira os principais pontos abordados na live que teve a participação de Carolina Sato, Humberto Vignatti, Rodrigo Lopes, com a moderação de Guilherme Wertheimer
Por Itaú Private Bank
Aconteceu na quinta-feira, 04/08, uma live exclusiva para os nossos clientes sobre os cenários econômicos, tanto local quanto internacional, seguido de análises dos mercados.Carolina Sato, Economista Sênior,Humberto Vignatti, Estrategista de Renda Fixa, eRodrigo Lopes, Estrategista de Renda Variável, participaram da conversa, que foi moderada porGuilherme Wertheimer, nosso Superintendente de Investimentos. Veja, a seguir, um resumo do bate-papo.
Análise do cenário internacional
- A inflação mais elevada nos EUA tem levado a uma reação mais agressiva pelo Federal Reserve, aumentando o risco de uma recessão à frente;
- O conflito entre Rússia e Ucrânia tem se prologando, pressionando os preços de commodities, principalmente alimentícias e energéticas, e a cadeia de suprimentos;
- Na Europa, sobram incertezas quanto aos impactos da guerra, que são principalmente inflacionários e recessivos. O risco de racionamento tem crescido e, se acontecer, certamente vai levar a economia à recessão;
- Na China, a política de tolerância zero contra a Covid-19 reduziu o crescimento do país no primeiro semestre. Em contrapartida, para suavizar os impactos, o governo anunciou estímulos, que devem começar a surtir efeito no segundo semestre;
- O ciclo de aperto monetário global continua e, com isso, as condições financeiras ficam mais apertadas, sugerindo uma desaceleração da economia mundial.
Cenário local
- Os benefícios sociais implementados tornam a sustentabilidade fiscal o principal desafio à frente. A partir deste mês, quando começam os pagamentos, as contas do governo devem piorar. Para o final do ano, esperamos um resultado deficitário ou ligeiramente positivo;
- O Banco Central elevou a Selic para 13,75% nesta semana e indicou o fim do ciclo de aperto monetário. Após isso, deve manter os juros mais altos por mais tempo;
- Esperamos uma desaceleração econômica em 2023, devido ao cenário global e política monetária contracionista;
- Os temores de uma desaceleração global, junto da alta de juros nos EUA e das incertezas domésticas pressionam o Real.
Perspectivas para o mercado de renda fixa
- A partir de agora, os juros devem ficar estáveis por um período longo. Quando a taxa de juros começar a cair, os ativos prefixados costumam ter boa rentabilidade. Além disso, após períodos de alta da inflação, estas alocações apresentam retornos expressivos;
- Se pensarmos em uma corrida IPCA vs. CDI, ela foi mais favorável ao IPCA em 2021. O juro real foi negativo, mesmo com as altas na taxa Selic. Já a partir da metade deste ano, o juro real se tornou positivo;
- O pico inflacionário ficou para trás. Por isso, o período é favorável para a renda fixa;
- Há espaço para valorização do Real, mas os riscos no radar podem adiar esta convergência.
E o mercado de renda variável?
- Apesar da melhor performance relativa da bolsa brasileira, o retorno ainda é inferior aos pares emergentes. A bolsa negocia com grande desconto, de 42% da sua média histórica. Portanto, já precifica riscos e há espaço para recuperação;
- O estrangeiro tem sido o grande comprador de ações brasileiras em 2022. Houve uma saída desses investidores dos mercados emergentes recentemente. Mesmo assim, a entrada acumulada do estrangeiro no mercado secundário é a maior da história;
- Na bolsa americana, os múltiplos cederam com a alta na taxa de juros e o risco de recessão. As previsões de lucros têm se mostrado estáveis, mas podem ceder mais adiante. Uma recessão leve já está precificada;
- A Europa é onde vemos mais risco de recessão. Os múltiplos de ações estão em queda, revisitando patamares de 2018. Mas os riscos da guerra podem agravar o cenário.
Confira, a seguir, umcorteda live. Para assistir aovídeo completo, solicite o link da transmissão para a suaequipe de atendimento.