Volatilidade global e desaceleração econômica nos EUA

International Markets: o início do mês foi marcado por intensa volatilidade no mercado acionário global e divulgações dos resultados do segundo trimestre

Por Itaú Private Bank

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Crédito: Itaú Private Bank

No International Markets deste mês, Marcio Brito, Head Investor do Itaú Private Bank Internacional, aborda eventos que abalaram as teses de investimentos predominantes deste ano e explica a volatilidade dos mercados no início de agosto. Confira os principais destaques:

  • O mês de julho trouxe eventos que abalaram as teses de investimento predominantes deste ano, aumentando a volatilidade e resultando em desempenho negativo dos mercados no início de agosto.

  • O relatório de empregos de julho confirmou um mercado de trabalho mais fraco nos EUA, com a taxa de desemprego mais alta desde outubro de 2021. Embora o Furacão Beryl, que afetou o Texas, possa ter influenciado esses números, surgiram preocupações sobre a desaceleração econômica.

  • O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) registrou um aumento menor do que o esperado, indicando moderação nas pressões inflacionárias. O Federal Reserve (Fed, banco central americano) manteve as taxas de juros inalteradas, mas sinalizou um possível corte em setembro.

  • A temporada de resultados do segundo trimestre trouxe surpresas positivas no setor bancário, mas levantou dúvidas sobre o crescimento das empresas de tecnologia. Apple e Meta surpreenderam positivamente, enquanto Amazon e Intel apresentaram perspectivas mais pessimistas.

  • O S&P 500 e Nasdaq tiveram desempenhos piores em julho, enquanto o índice Russell 2000 subiu, indicando uma rotação dos investidores para pequenas e médias empresas, afastando-se das grandes companhias e do setor de tecnologia.

  • O atentado contra Donald Trump inicialmente aumentou suas chances nas eleições, mas a desistência de Joe Biden em favor de Kamala Harris alterou o panorama, levando investidores a revisarem suas posições.

  • O mercado acionário subiu rapidamente e estava suscetível a uma correção, que se concretizou em agosto. Na primeira segunda-feira do mês, a volatilidade atingiu níveis comparáveis à crise de 2008, mas o cenário internacional não apresenta os mesmos riscos.

  • A velocidade da desaceleração econômica será crucial: uma queda gradual da inflação e desaceleração lenta podem resultar em uma redução gradual de juros, beneficiando os mercados. Caso contrário, uma desaceleração mais intensa pode indicar medidas monetárias tardias, levando a um período turbulento e possível continuidade da correção dos mercados.

A seguir, confira o vídeo na íntegra:

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