Como reduzir o churn rate e aumentar a retenção de clientes
Descubra o que é churn rate, como calcular a taxa de evasão de clientes e algumas estratégias eficazes para manter a base ativa e melhorar seus lucros.
Por Itaú Empresas
O churn rate impacta diretamente o lucro e a saúde do seu negócio. Nesse sentido, compreender esse indicador é essencial para garantir previsibilidade e crescimento. Confira!
A taxa de churn — ou índice de evasão ou perda de clientes — é uma das métricas mais relevantes para gestores e lideranças, justamente por afetar diretamente a receita.
Afinal de contas, conquistar novos clientes pode custar até 5x mais do que manter os atuais, conforme uma pesquisa da Invesp, consultoria especializada em conversão. Por outro lado, um aumento de apenas 5% na retenção deles pode elevar o lucro em até 95%.
Isso porque o churn elevado pode apontar para falhas na gestão, no atendimento ou até mesmo na entrega, o que tende a comprometer a margem de lucro no médio e longo prazo.
Porém, apesar de sua importância estratégica, muitas empresas ainda não conhecem o conceito a fundo ou não o utilizam como ferramenta de análise e otimização de estratégias.
Pensando nisso, criamos esse artigo para te mostrar como funciona esse indicador, como calculá-lo e por que ele é tão relevante para a estabilidade financeira do seu negócio.
E então, vamos juntos?
O que significa churn rate?
O churn rate — também chamado de taxa de cancelamento — representa a porcentagem de consumidores que deixam de utilizar os serviços de uma empresa. Sendo ainda mais relevante nos modelos de receita recorrente, como assinaturas ou contratos contínuos.
Vale a indicação: Como implementar o pagamento recorrente no seu negócio?
Nesse sentido, manter essa taxa sob controle é essencial para garantir a previsibilidade de receita e o planejar um crescimento sustentável para sua empresa. Já que uma taxa elevada pode comprometer o caixa, prejudicar os resultados e dificultar a expansão.
Já uma taxa baixa sugere que a empresa está retendo bem seus clientes — o que aumenta as chances de vendas adicionais, fidelização e indicações positivas, fortalecendo a operação.
Como calcular o churn rate?
Assim como seu conceito, o cálculo do churn também é bastante simples: basta dividir o número de clientes perdidos pelo total de clientes ativos no início do período, e multiplicar por 100.
Veja a fórmula: Churn = (Clientes perdidos ÷ Total de clientes no início do período) × 100. Se você começou o mês com 200 clientes e perdeu 20 deles nesse mesmo mês, seu churn será de 10%.
Para esse cálculo também é importante definir um intervalo de tempo coerente com o ciclo de vida do seu cliente — que pode ser mensal, trimestral ou anual. Também é possível calcular o churn de grupos específicos, como por produto, região ou plano, para obter uma análise mais estratégica.
Qual a diferença entre churn de clientes e churn de receita?
Embora relacionados, churn de clientes e churn de receita medem aspectos diferentes.
O churn de clientes observa quantas pessoas cancelaram o serviço. Já o churn de receita foca na diminuição dos lucros e no impacto financeiro causado por essas perdas.
A fórmula considera o ticket médio e a receita inicial:
Churn de Receita = (Ticket médio × Clientes perdidos) ÷ Receita inicial × 100
Na prática, isso significa que se a sua empresa tem um ticket médio de R$ 100, perdeu 20 clientes e começou com R$ 100 mil em receita, o churn de receita será de 2%.
Ou seja, ambas as métricas são importantes e se complementam na análise de performance.
Como o churn impacta o negócio?
A retenção de clientes é um dos pilares do crescimento sustentável.
Quando a taxa de cancelamento é alta, a empresa precisa compensar as perdas com a aquisição constante de novos consumidores — o que pode ser caro e pouco eficiente.
Além disso, o churn prejudica a imagem da marca, pois consumidores insatisfeitos tendem a compartilhar suas experiências com os outros. Para investidores e possíveis parceiros, esse indicador é visto como um termômetro da saúde financeira e da escalabilidade da empresa.
Por outro lado, monitorar a taxa de churn permite identificar também pontos de atrito, melhorar a experiência e ajustar processos com base no feedback real dos clientes.
Qual é o churn rate ideal?
Não há um número mágico.
A taxa aceitável varia conforme o modelo de negócio, setor e estratégias da empresa. Em geral, um churn abaixo de 5% é considerado saudável em negócios com receita recorrente.
Também é preciso ressaltar que empresas com vendas pontuais, como e-commerces, tendem a ter churn mais alto, já que o relacionamento com o cliente é menos frequente. Startups, por exemplo, também podem apresentar churn elevado durante fases de crescimento e validação de produto.
Comparar a sua taxa com concorrentes diretos pode ajuda a entender se há espaço para melhorias.
O que faz um cliente sair de uma empresa?
A má qualidade no atendimento é o principal motivo apontado por quem cancela serviços. Segundo o portal E-commerce Brasil, 65% dos consumidores declinam após uma experiência ruim.
Outros fatores incluem:
- Concorrência mais atrativa;
- Perda de confiança na empresa;
- Preço elevado ou custo-benefício ruim;
- Falta de engajamento ou relacionamento;
- Problemas na entrega ou na usabilidade;
- Crise financeira ou falência do cliente;
- Produto ou serviço abaixo das expectativas;
- Mudanças nas necessidades ou momento de vida.
Nesse sentido, podemos concluir que reduzir o churn é também uma forma de aumentar o lifetime value (LTV) dos clientes e melhorar o retorno sobre investimento em marketing e vendas.
Para isso, você pode:
- Ouvir quem saiu para corrigir falhas e ajustar estratégias;
- Oferecer vantagens para quem continua com você;
- Garantir suporte ágil e empático para resolver problemas com rapidez;
- Eliminar falhas e facilitar o acesso às soluções da sua empresa;
- Garantir uma entrega que vai corresponder (ou superar) as expectativas;
- Usar pesquisas e dados para entender comportamentos e preferências do seu público;
- Usar canais como e-mails, redes sociais e newsletters para manter o cliente engajado;
- Usar pesquisas e ferramentas, como NPS e entrevistas, para identificar pontos de melhoria;
- Humanizar a comunicação com eventos, conteúdos personalizados e presença ativa;
- Acompanhar indicadores como tempo médio de contrato, LTV, NPS e taxa de renovação
E, você? Precisa de um apoio?
Então veja como o Itaú Empresas pode facilitar a rotina financeira do seu negócio!