Aquecimento global em foco: ondas de calor, cidades em risco e as novas apostas em energia limpa

O impacto das mudanças climáticas já é realidade. De ondas de calor recordes a novas soluções como etanol, biodiesel e hidrogênio verde.

Por Comunicação Itaú Asset

3 minutos de leitura

EDIÇÃO #2

Capa do Radar ESG, com fundo na cor azul escuro

Nesta semana, o noticiário ESG reforça como os temas ambientais seguem ditando o ritmo das mudanças que impactam o dia a dia da sociedade e dos negócios.

As pautas vão de novas regras para combustíveis mais limpos no Brasil ao avanço do hidrogênio verde como alternativa energética. No cenário internacional, as ondas de calor reforçam o alerta sobre as mudanças climáticas e seus efeitos cada vez mais intensos. Boa leitura!

Nova porcentagem de etanol na gasolina e mais biodiesel a partir de agosto

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou novas regras que reforçam a transição para combustíveis mais sustentáveis no Brasil. A partir de 1º de agosto, a porcentagem de etanol na gasolina comum passará dos atuais 27,5% para 30%, criando o chamado E30. Já a mistura de biodiesel no diesel será retomada no patamar de 15%, o B15.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) também foi orientada a elevar a octanagem mínima da gasolina, de RON 93 para RON 94, como forma de manter a eficiência dos veículos com a nova mistura. O setor de biocombustíveis comemorou a decisão e já projeta a continuidade desse avanço rumo ao B20.

As medidas atendem a compromissos de redução de emissões e podem até trazer impacto positivo ao bolso do consumidor, com estimativas de redução no preço da gasolina. O setor também reforça a importância da fiscalização para evitar fraudes, especialmente no diesel B.

Onda de calor reforça impactos das mudanças climáticas

Mais de 150 milhões de pessoas nos Estados Unidos enfrentam uma das piores ondas de calor dos últimos anos, com recordes de temperatura durante o dia e mínimas noturnas cada vez mais elevadas. Na Europa, o cenário é semelhante, com altas temperaturas atingindo a região ocidental. Cientistas reforçam que eventos desse tipo se tornam mais prováveis e mais extremos por conta do aquecimento global provocado pelo efeito estufa.

Estudos indicam que essas ondas de calor estão diretamente ligadas às mudanças climáticas, e que sua frequência, intensidade e duração devem aumentar nas próximas décadas. Além dos riscos à saúde e ao meio ambiente, o impacto econômico já começa a ser observado, com cidades precisando adaptar infraestrutura e serviços.

Esses eventos reforçam a urgência por avanços no combate às mudanças climáticas, com ações mais robustas em mitigação e adaptação.

Hidrogênio verde avança como alternativa para substituir a gasolina

Um projeto brasileiro desenvolvido na UFMG mostra que o hidrogênio verde está cada vez mais próximo de se tornar uma alternativa viável aos combustíveis fósseis. A proposta envolve o uso de energia solar para produzir o combustível limpo por meio da eletrólise da água, processo que separa hidrogênio e oxigênio sem emissão de carbono.

Com alto potencial energético — um quilo de hidrogênio possui três vezes mais energia do que a gasolina — o hidrogênio verde desponta como uma solução para reduzir as emissões no transporte e na indústria. A expectativa é que, com a queda nos custos dos eletrolisadores e das placas solares, o Brasil possa acelerar sua adoção.

Estudos também apontam o potencial do Nordeste brasileiro como um hub de produção, graças à alta incidência solar e à infraestrutura favorável para geração fotovoltaica.

De olho nessa tendência?

O YDRO11 acompanha esse mercado em expansão, oferecendo acesso a empresas especializadas na produção, armazenamento e transporte de hidrogênio e na concepção e fabricação de células a combustível.

Cidades têm papel decisivo no combate ao aquecimento global

As cidades são responsáveis por mais de 70% das emissões de gases de efeito estufa e, ao mesmo tempo, estão entre as áreas mais vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas. Inundações, incêndios, ondas de calor e secas já impactam saúde pública, segurança, infraestrutura e o custo de seguros.

Um estudo recente identificou 16 ações prioritárias para que as cidades avancem na construção de projetos urbanos mais resilientes e sustentáveis. Os especialistas destacam a importância de considerar os riscos climáticos desde o início do planejamento de novos empreendimentos, garantindo que fatores como mitigação e adaptação estejam integrados ao desenvolvimento urbano.

O avanço de políticas públicas e a conscientização de todos os agentes envolvidos, do poder público ao setor privado, são fundamentais para acelerar esse progresso e reduzir os impactos futuros.

Acompanhe também os índices ESG

Além das notícias, por aqui você também confere uma tabela com o movimento dos principais índices do universo de investimentos ESG, organizados por temas como sustentabilidade corporativa, energia limpa, baixo carbono, mudanças climáticas e títulos verdes.

Esses índices refletem diferentes abordagens dentro da agenda de investimento responsável, acompanhando o desempenho de empresas reconhecidas por práticas sustentáveis ou setores diretamente ligados à transição energética e à mitigação de impactos climáticos!

Fonte: Bloomberg | Data: 16 de julho de 2025
Fonte: Bloomberg | Data: 16 de julho de 2025

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