BC britânico: juros inalterados em decisão dividida
No Radar do Mercado: Banco da Inglaterra mantém juros inalterados, mas reconhece evolução no recuo da inflação; na China, a balança comercial se recupera após leitura fraca de março
Por Itaú Private Bank
Banco da Inglaterra mantém juros inalterados
O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) decidiu manter sua taxa de juros em 5,25%, em linha com o esperado. A decisão, porém, não foi unânime, com dois votos a favor de um corte de 25 pontos-base e sete votos para manutenção do juro. Comparado com a reunião anterior, o comitê teve um voto a mais em favor de uma redução.
No cenário local, o comitê avaliou que o mercado de trabalho está afrouxando, apesar de seguir relativamente apertado. Já a inflação continua recuando, embora riscos geopolíticos ainda persistam. As autoridades esperam que a inflação fique abaixo da meta de 2% no segundo trimestre de 2024, influenciada pelo efeito base, mas volte a subir no terceiro e quarto trimestre. Já com relação ao crescimento econômico, a expectativa é que o PIB continue crescendo no próximo semestre.
Nessa reunião, o BoE também atualizou suas projeções macroeconômicas. Para a inflação, a autoridade manteve estável a projeção estável para o 2º tri de 2024, em 2%. Para o mesmo trimestre de 2025 e 2026, as estimativas foram revistas para baixo, para 2,6% e 1,9%, respectivamente. Já na frente da atividade econômica, a projeção de crescimento foi revisada para cima em todo o período.
No que diz respeito aos próximos passos, o comitê manteve o discurso de que é preciso manter a política restritiva pelo tempo que for necessário. Além disso, reforçou que irá considerar os dados futuros para avaliar por quanto tempo os juros deverão ser mantidos em seu nível atual.
Balança comercial da China mostra recuperação
As exportações chinesas registraram significativa alta, de -7,5% para 1,5% a/a em abril, acima da expectativa do mercado. O mesmo ocorreu para as importações, que avançaram para 8,4% a/a, frente ao resultado anterior de -1,9%. Em suma, a balança comercial retorna a um bom patamar após a leitura fraca de março, totalizando US$ 72,4 bilhões em abril, em linha com o cenário de apoio à atividade industrial.
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