Focus revisa PIB de 2025 para cima e câmbio para baixo; Trump adia previsão de taxação sobre União Europeia
No Radar do Mercado: Banco Central divulga nova edição do boletim Focus com revisões importantes para 2025. Enquanto isso, nos EUA, Trump aceita retomar prazo de 9 de julho para aumento de tarifas sobre União Europeia, mas negociações parecem seguir emperradas
Por Itaú Private Bank

Focus: mercado revisa projeções para PIB e câmbio em 2025
O Banco Central divulgou nesta segunda feira, 26, mais uma edição do Relatório Focus, com estabilidade para inflação e Selic, além de uma oscilação para baixo no câmbio e um aumento na expectativa para o PIB deste ano.
A mediana das projeções do mercado para o IPCA de 2025 se manteve estável em 5,50%, ainda acima do teto do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual ao redor da meta de 3,00% ao ano definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2026, a estimativa se manteve em 4,50%, no limite do teto, e para 2026, 4,00%, dentro da banda superior da meta. Já as expectativas para a inflação de 12 meses à frente (um indicador importante para o Copom) recuaram de 4,91% para 4,86%.
Em relação ao câmbio, as estimativas para 2025 diminuíram de R$/US$ 5,82 para R$/US$5,80. Enquanto isso, as projeções para 2026 e 2027 foram mantidas em R$/US$5,90 e R$/US$ 5,80, respectivamente.
Sobre o PIB, às vésperas da divulgação do PIB do primeiro trimestre pelo IBGE nesta sexta-feira, o relatório trouxe uma revisão de 2,02% para 2,14% na projeção para 2025. Já para 2026, as expectativas seguiram em 1,70%, e para 2027, 2,00%. Por fim, em relação à Selic, as estimativas foram mantidas em 14,75% a.a. para 2025, 12,50% a.a. para 2026 e 10,50% a.a. para 2027.
Trump retoma prazo de 9 de julho para impor tarifa de 50% sobre a União Europeia
Após conversas com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, neste final de semana, o presidente dos EUA, Donald Trump, aceitou adiar para 9 de julho a decisão sobre a imposição de tarifas de 50% sobre a importação de produtos europeus. Na última sexta-feira, Trump havia declarado que as negociações com a Europa não haviam progredido e, portanto, que a elevação das tarifas poderia ocorrer já em 1º de junho.
Apesar do recuo temporário, a leitura é de que há mais riscos de que a União Europeia tenha que enfrentar tarifas mais altas (20% contra 10% atualmente) do que outros países. A lista de “concessões” da União Europeia, segundo notícias que circularam na semana passada, envolvia a redução mútua de tarifas sobre bens industriais e agrícolas, o que os EUA consideraram insuficiente. Ursula, após o telefonema com o Trump no domingo, postou na rede social “X” que um “bom acordo” seria necessário até o dia 9 de julho.
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